domingo, julho 30, 2006

Férias!




O Vinho da Casa vai de férias até ao dia 15 de Agosto, prometendo aos demais leitores notas de prova fresquinhas quando chegar, pois vou para Sevilha... e apenas estão 40 graus!

Quero também deixar aqui um "engodo" com aquilo que irá sair aqui em Setembro:

Reportagem "in loco" sobre a sub-Região de Monção, ou seja, ALVARINHOS.
Notas de Prova de 12 Alvarinhos de 2005.
Reportagem sobre o Magnífico Restaurante Panorama.
Fotos das adegas, das Quintas, etc...

Reportagem do encontro do Copo de 3 e do Vinho da Casa, em casa do Copo de 3 com alguns vinhos em prova. De certeza um "embate" Douro-Alentejo.

Espero também trazer uma pequena reportagem de Sevilla e dos vinhos Andaluzes, mas não prometo, pois vou mesmo de férias, já que quando estive agora em Melgaço e em Monção, a minha moça já andava farta de andar de Adega em Adega... E acreditem que é cansativo!

Boas férias para todos!


PS: Querem vinhos fresquinhos a menos de 5 euros para beber no final de tarde a seguir a uma bela praia?
Aqui ficam algumas sugestões, todas viradas pro marisco e pros pratos frios.

Muralhas de Monção 2005, o verdadeiro.
Prova Régia 2004, um Arinto bem apetecível e com uma acidez ideal pra refrescar.
Castello D'alba Reserva 2005, vejam o Copo de 3 e vão ver que vale a pena!
Couteiro-Mor 2005, uma pechincha, 1,80 no Pingo Doce! Fresco, perfumado e limonado.

Portanto amigos, penso que devem experimentar estes vinhos e dizer aos vossos familiares e amigos para esquecerem aqueles vinhos que sempre compraram e que são de qualidade inferior e que já os sabem de cor! Querem que diga quais são? Acho que vocês já sabem...
São aqueles que estão em todo o lado e desaparecem às caixas nos supermercados das praias... Depois no dia a seguir, com a quantidade de sulfitos ingerida, é só guronsan que se bebe!

Abraço!

quarta-feira, julho 26, 2006

À mesa com Dirk Niepoort


Fugindo um pouco ao objectivo principal do meu projecto, tenho, devo, quero e preciso de aqui escrever um episódio marcante no meu pequeno percurso à volta do vinho.
Tudo começou com o facto de ter entrado de férias há menos de uma semana, e como tal decidi enviar um e-mail à Niepoort para visitar as caves tendo em vista uma pequena reportagem para publicar aqui no blog, e se possível conhecer e falar com o Dirk.

No dia a seguir quando ligo o computador, a resposta já lá estava e quando abri o mail fiquei perplexo. O Dirk além de ter aceite o convite para a visita, fez-me uma proposta para jantar com ele.

Pois, esse ar de espanto que estão a ter, eu também o tive.
E assim foi, aceitei e lá fui parar à mesa com o Dirk, sua esposa, com a sua pequenina Anita e com outros amigos.

O Dirk pelos vistos, além de ser exímio a fazer vinhos, na gastronomia também não deixa nada a desejar, antes pelo contrário.

Aqui segue a ementa proposta por ele:

Pimentos Padrón
Carpaccio de Atum com Lulas e Tabasco
Shitakes com Gnocchis
Risotto de Camarão
Salada de Agrião
Salada de Pepinos e natas
Queijos de Pasta Mole

Billecart Salmon Reserve Brut
Projectos Chardonnay 2004
Morgadio da Calçada Branco 2005
Morgadio da Calçada Tinto 2004
Marka 2002
Redoma Reserva 2004
Château Pontet-Canet Pauillac Gran Cru 2002
Morgadio da Calçada Ruby Reserva
Morgadio da Calçada Tawny
Niepoort (Vintage) 2005
Taylor’s Vintage Port 1970

Terminado o jantar, a conversa continuou animada cada vez mais num tom de harmonia, bem-humorada, onde por vezes as coisas lá se tornavam um pouco sérias e se falava de vinho, tudo sem cansar.

Mais tarde, Dirk levou-nos até a sua garrafeira, uma coisa incrível, senti-me nas nuvens, nunca tinha visto nada assim tão perfeito. Com o calor que se sentia cá fora, parecia que tínhamos entrado numa câmara frigorífica.

Quando voltamos o fumo percorreu a mesa, com umas cigarrilhas mini Cohibas, o Dirk apenas me disse, aquando o Taylor's Vintage 1970 foi servido:

"Tenta perceber esse vinho"

Para mim foi uma tarefa mais que complicada, no entanto inolvidável, inexplicável e marcante, a cor impressionava, apresentava uma cor ainda relativamente jovem, o nariz exuberante, elegante, fino, enfim... tudo aquilo que os grandes críticos dizem sobre grandes vinhos, este tinha de certeza.

Fico eternamente marcado por tudo isto que senti, descobri uma pessoa excelente, um nobre anfitrião, que gosta de ensinar, mas também de ouvir, e, se eu já era apaixonado pelo vinho apenas com as vivências que tinha, com este jantar, a paixão torna-se algo profundo e incapaz de se deteriorar.

Obrigado Dirk pelo melhor momento da minha vida à volta do vinho.

segunda-feira, julho 24, 2006

Quinta da Casa Amarela Porto Branco



Mais um vinho vindo da Quinta da Casa Amarela, pois já aqui tinha sido provado o Doc Douro 2003.

Desta vez estamos perante um Porto Branco elaborado com Malvasia Fina, Viosinho e Códega do Larinho, e com 19,5%vol.

A cor é impressionante, brilhante, dourada com reflexos intensos alaranjados com uma lágrima lenta e gorda.

O nariz mostra um vinho bem multifacetado em termos aromáticos, com notas amendoadas e fumadas aliadas a uma fruta doce, melão, manga, figos e com curiosas notas de chá branco.

Na boca o vinho é denso, com uma acidez bem presente contrastada com a doçura, no entanto conseguindo remeter o álcool para segundo plano, mas que não se consegue esconder, pois as notas licorosas estão cá, embora a fruta cristalizada lembrando bolo-rei é inevitável. O perfil doce mantém-se com notas de ameixa branca, mel e laranja a perfazerem um bom final de boca.


Ao preço de 10 euros parece-me ser uma boa opçao no que toca a Porto's Brancos doces.

Nota 16

quarta-feira, julho 19, 2006

Valle do Nídeo Superior 2004



Este Valle do Nídeo Superior 2004 é um vinho produzido por Hermínio Miguel Abrantes, no Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa, apenas com as castas Tinta Roriz e Touriga Franca, com um estágio em carvalho novo de 6 meses, apresenta 13,5&vol.

A côr é rubi escuro de boa concentração.

Os aromas são ricos, complexos, com um perfil amadeirado muito bem integrado num misto de fruta de grande qualidade, com notas de baunilha, especiarias e tabacos, aliadas então a compotas de mirtilios, amoras, ameixas pretas, e alguns morangos. Tudo muito exuberante e intenso, deixando um grande convite para a prova de boca.

Provando então na boca, o perfil de vinho moderno aparece, nada rústico, com perfil elegante e com uma acidez elevada, trazendo-lhe uma frescura muito boa, com notas de fruta a voltarem a aparecer, mas desta vez com uns pequenos toques de amêndoa e chocolate. De notar a presença de taninos suaves a lhe darem uma boa estrutura. O final é que poderia ser um pouco mais longo, perde-se um pouco, mas mesmo assim é de média duração, com as notas de tabaco e baunilha marcarem o final.
Um conjunto Fruta/Madeira muito bem conseguido.

Ao preço de 7 euros é uma boa compra.
Fez em muito lembrar o Bolonhês 2003.
Mas isto é uma opinião baseada em recordações, talvez um frente a frente seria curioso.

Mais tarde acompanhei-o com um arroz de polvo, cozido com este vinho, e o casamento foi muito bom.

Nota 17

segunda-feira, julho 17, 2006

Simplex também chega ao Vinho

Pois é amigos, o Simplex também vai "atacar" o vinho!

Aqui fica a notícia retirada do site do IVP

Comentários?


Medidas SIMPLEX - Boletins de Análise dos Vinhos do Porto e Douro, via electrónica


No seguimento do esforço de modernização previsto no Plano Operacional para 2006 o IVDP disponibilizou a partir de 1 de Julho de 2006, aos operadores um serviço de emissão dos Boletins de Análise dos Vinhos do Porto e Douro, via electrónica dispensando-os assim da sua deslocação aos serviços ou a solicitação por via postal. Esta medida, incluída no Programa SIMPLEX.

Assim os operadores registados na respectiva área reservada do sector, poderão aceder à emissão electrónica dos referidos documentos via portal www.ivdp.pt. Apenas poderão emitir por via electrónica os agentes económicos que possuam saldo disponível na conta adiantamento no IVDP ou já tenham liquidado o respectivo serviço e mantenham os seus compromissos perante este Instituto em dia.

Recorde-se que, inserido neste vasto projecto de desmaterialização de procedimentos, o IVDP já disponibilizara outros serviços de que destacamos:

a) Aprovação das maquetes de rótulos, via portal electrónico, quer para DO Douro quer para Porto (Medida 295 do Programa SIMPLEX);

b) Emissão electrónica dos Certificados de Controlo de Qualidade, igualmente disponível para vinhos do Porto e do Douro (M 294 do SIMPLEX);

c) A emissão das Circulares de Cepas para a próxima vindima obedeceu já a um novo formato que permite, por um lado, que este documento deixe de ter carácter anual e, por outro lado, dispensará a emissão de Autorizações de Produção de Mosto Generoso para viticultores que não beneficiem de tal autorização mas que necessitavam daquele documento para efeito da preenchimento das Declarações de Colheita e Produção. Com este medida já em 2006 deixarão de ser emitidas cerca de 12.000 APMG assim como, na próxima campanha, apenas serão emitidas Circulares de Cepas para situações de alteração cadastral, representando uma economia de cerca de 35.000 Circulares. (M 292 do SIMPLEX)

Para além destas novas facilidade estão também disponíveis, via portal, os seguintes serviços:

- Preenchimento e envio da Declarações de Vendas no Mercado Nacional para a DO Porto e Douro;

- Preenchimento de validação das RCDO’s;

- Preenchimento e validação das Declarações Anuais de Existências Emissão de extractos de contas correntes e consultas dos respectivos movimentos;

- Consulta de saldos e movimentos de Tesouraria.

in www.ivp.pt

quinta-feira, julho 13, 2006

Boa Memória 2003




Mais um vinho do produtor Monte Seis Reis aqui provado, após o Bolonhês e o Boa Memória 2004 branco.

Por esse motivo resta-me apenas dizer que este Boa Memória tinto é feito com as castas Aragonês, Castelão, Cabernet Sauvignon e Trincadeira, tendo um estágio de 6 meses em barricas de carvalho, ficando com 14%vol.

A cor é rubi , com um anel vermelho sangue.

O nariz é bem composto, com alguma intensidade, algo maduro demais, com bons frutos silvestres em compota, ameixas pretas, cerejas, ligeiro aroma químico e abaunilhado.

Na boca, confirma-se a gulodice do vinho, fruta muito madura, que lhe traz um açucar bem presente, com bom corpo, a acidez equilibrada.
Termina fresco, frutado e com ligeiros toques de madeira e acima de tudo equilibrado.
Apesar da doçura, estamos perante um vinho fresco, bem feito, com um perfil ideal para comidas leves, massas, carnes brancas, etc.

Nota 15

domingo, julho 09, 2006

Lagar de Macedos 2002



Após esta onda lusa de emoção, alegrias, e nostalgias também pois o Figo e o Homem do Queijo vão pra reforma, nada melhor que brindar com um peso-pesado do Douro, um vinho produzido num só lagar, "Lagar 1" da Quinta de Macedos pela arte de dois irmãos, Paul e Raymond Reynolds.

Este vinho fez-me pensar enquanto o provei, pois os uvas que deram origem a este vinho foram exclusivamente seleccionadas de vinhas velhas, ( enxertadas em 1945-1946), portanto um ano após a Segunda Grande Guerra.
Como estaria o mundo naquela altura?
Como seria o Douro Vinhateiro em 1946?
Não sabemos, mas pelo menos podemos tentar absorver algo com o prazer de degustar este vinho, talvez ele nos transmita algo daquela época, do terroir...

É então um vinho fermentado em lagar e sem leveduras comerciais, com maior predominância na casta Tinta Roriz, passou em Fevereiro de 2003 para barricas "Allier" onde permaneceu 12 meses, seguido de mais 12 meses de estágio em garrafa.
Apenas 1850 garrafas produzidas.Estará no mercado este ano a um preço médio de 30 euros. Ainda se encontra o 2000 à venda.

A cor é rubi muito escura, quase preta, muito concentrada e impressionante.

Os aromas deste vinho são intensos, complexos, e acima de tudo convidativos, com um primeiro perfil químico, lembrando notas envernizadas, tendo também um bom perfil frutado e floral, com menta, violeta e compotas de fruto preto. A madeira está perfeitamente integrada no vinho, com o chocolate preto, musgo seco e lembranças de móveis antigos a transmitirem uma classe enorme ao nariz.

Na boca, o corpo do vinho é denso, enche a boca com uma complexidade incrível, guloso, com uma acidez moderada, com uma estrutura enorme, austero, marcado não só pelos taninos bem presentes mas delicados, como pela fruta preta aliada a notas de folhas de tabaco, proporcionando um final de boca longo, longuíssimo, algo especiado e com grande elegância.
Grande, grande vinho num ano mau para muitos.
Interessante o que se conseguiu fazer com a colheita de 2002.

Nota 18

Nada melhor que terminar a prova a relembrar o convite que os irmãos Reynolds nos deixam no contra-rótulo da garrafa... "Experimente a herança do Douro"

quinta-feira, julho 06, 2006

Quinta do Valdoeiro Chardonnay 2005



Bem amigos, após a nossa derrota com a França, ou melhor, após a vitória de um Urugaio com alguma doença psíquica, até me arrependo a publicar esta nota de prova, pois é um vinho feito apenas com uma casta originária Francesa...

Mas decido colocá-lo, pois o futebol é uma coisa, o vinho é outra, aliás nem acho piada nenhuma a pessoas que já dizem que vão boicotar tudo o que é produto francês e tal...

Sejam moderados. Futebol é futebol. Se fosse assim na vida, já tinhamos boicotado muita coisa, pois já muito país nos pisou os pés... Até os nosso conterrâneos nos pisam...

O Vinho da Casa é então um Chardonnay produzido na Quinta do Valdoeiro na Mealhada pela Sociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, com a técnica de prensagem directa das uvas e fermentação parcial em madeira de carvalho, saíndo assim para o mercado um DOC Bairrada com 11%vol. ao preço aproximado de 5 euros.

A cor verde-água é muito viva e brilhante de ligeira concentração.

O nariz traz-nos um vinho perfumado, bastante atractivo com aromas florais, iogurte e ligeiro citrino.

Na boca o vinho é fresco, leve, com a acidez não muito marcada, com um perfil mais frutado que no nariz, com ananás e limão, notando-se toques de madeira muito ligeiros, com notas de baunilha.
Podia, no meu entender, ser um pouco mais profundo o vinho, pois é bastante leve, pouco prolongado na boca. E a acidez moderada talvez nos diga que se portará melhor à mesa do que sózinho ou para aperitivo. Mas isto são opiniões pessoais.

Nota 14,5


PS: Vamos Portugal, lutemos pelo 3º Lugar e que o país transporte o termo "trabalho de grupo", "consistência", "organização", "espírito de equipa" para todos os ramos do quotidiano.

segunda-feira, julho 03, 2006

Domini 2002



O Vinho da Casa desta vez é um projecto do Douro que junta dois senhores do vinho, Domingo Soares Franco e Cristiano van Zeller, é assim o que nos diz o contra-rótulo.

Tem 12,5%vol. e foi elaborada na colheita de 2002 com Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca tendo um posterior estágio de 3 meses em carvalho francês.

Tem uma boa cor rubi , algo concentrada, já com uns ligeiros reflexos de vermelho escuro no anel do copo.

Entra com um aroma convidativo, frutado, amoras e algumas compotas de frutas. Aparece também aroma a menta, algum floral e uns toques da madeira. No entanto o aroma a odor animal está presente, tendo sido provadas duas garrafas, que só com algum arejamento ( decantação é que consegui remediar).

Na boca o vinho fresco, leve, com a acidez algo controlada, num perfil frutado, com algum fruto seco também, mas no entanto a terminar um pouco enjoativo. Talvez não tenha apanhado o vinho na sua melhor fase...

Encontrava-se no mercado a cerca de 5/6 euros, pois neste momento é comercializada já a colheita de 2003.

Nota 13,5







domingo, julho 02, 2006

Vinhos do enólogo Rui Cunha

Mais uma prova na Galeria de Vinhos, desta vez sem a habitual degustação em regime de prova cega, pois esteve presente o Enólogo Rui Cunha, onde nos apresentou os seus brancos de verão.

Aqui ficam as minhas breves considerações sobre cada um:

Casa das Buganvílias 2005 : um Loureiro de Ponte do Lima, com um aroma muito fresco, boas notais florais, com uma acidez elevada, fazendo uma boa prova com notas da casta presentes. Bom vinho para entrada/aperitivo.

Fundação Eça de Queirós 2005: um quase 100% Avesso da sub-região de Baião, vinho que me não conquistou, algo desiquilibrado nos aromas, a acidez também um pouco desajustada.

Encostas de S.João 2005: exemplar da casta Arinto em Resende: um Arinto na Região dos Vinhos Verdes, curioso, fresco, boa acidez, alguma elegância e com um bom final seco.

Qta da Massorra 2005: o mesmo Arinto de Resende, mas com fermentação de 7 meses em madeira. Bom perfil, mais virado para o prato, pois a estrutura é maior, no entanto, apesar do pH ser exactamente o mesmo, (segundo o que me transmitiu o Enólogo Rui Cunha), a acidez não está tão presente, fazendo na minha opinião um vinho não só para o verão.

Quinta dos Avidagos Branco 2005: Um vinho leve e fresco para o verão, com um lote Verdelho, Viosinho e Malvasia fina, com ligeiro gás, com boas notas tropicais e perfumado, no entanto com um ligeiro amargo final, proveniente talvez dum pequeno excesso de batonnage segundo o que nos disse o Rui Cunha.

Sousa Lopes 2005: um casamento feliz entre a casta Loureiro e a Chardonnay realizado em V.N.Famalicão, onde o nariz é marcado plo carácter floral, elegante, na boca a mistura é explosiva e nunca antes experimentada por mim, acidez elevada, frescura, no entanto a untuosidade e as notas suaves do Chardonnay fazem um final com classe. Grande combinação.

Qta.do Sobreiró 2005: um branco onde a casta Verdelho domina, para mim o melhor vinho desta prova, com um complexidade aromática muito maior, embora o início de prova estivesse plenamente marcado de aromas sulfurosos, lembrando um espumante, mas que com a oxigenação em 2 minutos desaparece. Um vinho muito bem feito, aromático como já disse, com notas de frutos citrinos, alguma relva verdinha, com um final ligeiramente doce e longo.

Quase todos estes vinhos, são de facto virados para o verão, onde a minha escolha ficou curiosamente no 1º vinho provado e no úlitmo! O Loureiro da Casa das Buganvílias e o Quinta de Sobreiró!

Foi um fim de tarde muito bem passado como sempre com o Hilderico Coutinho, e com o nosso grupo de prova, sempre com boa disposição mas desta vez enaltecido pela presença do Rui Cunha, que esteve sempre com um perfil informal, respondendo a tudo e falando sobre os vinhos dele, mas não só.