segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Grande Noite do Vinho

E já la vai...
A grande noite do vinho, o jantar da entrega de prémios da Revista de Vinhos este ano foi, como se soube, na Alfândega do Porto, e nós, malta dos blogs lá estivémos.
A noite começou no salão do piso térreo da Alfândega foram servidos vários acepipes com Alvarinhos e Espumantes e houve tempo para cumprimentar muitas personalidades do vinho que já nos vão conhecendo a pouco e pouco.

Quatro elementos do Vinho a Copo, o Copo de 3, o Pingas no Copo, o Saca-a-Rolha e o OsVinhos foram os meus companheiros de uma looooooonga noite.
Lá bem no fundo, na mesa 81 ( afinal eram 84, o que mostra que já subimos 3 lugares!!), e com uma mesa de vinhos mesmo atrás de nós, formámos uma autêntica equipa de Rugby e conseguimos degustar à mesa quase todos os prémios de excelência e/ou os melhores vinhos nacionais.
Enfim, foi uma grande noite, longa e cheia de alegria, e claro onde o mais importante foi saber os prémios entregues. Aqui fica a lista de premiados:

Vinhos de Excelência:
Espumante Murganheira Vintage 2002
Muros de Melgaço 2005
Redoma Reserva Branco 2005
Abandonado 2004
Barca Velha 1999
Batuta 2004
Charme 2004
CV 2004
Pintas 2004
Vinha da Ponte 2004
Vale Meão 2004
Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador Tinto 2004
Quinta Foz Arouce VV Santa Maria 2003
Pancas Premium 2003
Leo D´Honor 2003
Hexagon 2003
Marques de Borba Reserva 2003
Esporão Private Selection Tinto 2003
Torre do Esporão 2004
Herdade dos Grous Reserva 2005
Pera Manca Tinto 2003
Herdade do Perdigão Reserva 2004
Quinta do Mouro 2003
Dourat 2003
JMF Moscatel Roxo 1971
Dom Rozés 40 anos
Krohn 1966
Blandy Bual 1948

Prémios do Ano:
Escanção do Ano – Ritz
Restaurante tradicional – O Galito
Restaurante do ano – Amadeus
Jornalista – José Quitério
Garrafeira – Veneza
Associação Viticula – Instituto Superior de Agronomia
Produtor Revelação – Altas Quintas
Produtor do ano – Domingos Alves de Sousa
Cooperativa do ano – Pegões
Empresa do ano – Niepoort e Dão Sul
Empresa do ano generosos – Bacalhôa
Viticultura do ano – Real Companhia Velha
Enólogo do ano – Luis Duarte
Enólogo do ano generosos – Charles e Peter Symington
Enoturismo do ano – Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo
Senhor do Vinho – José Casais

Os meus parabéns ao Chef Hélio Loureiro pelo magnífico trabalho que conseguiu, afinal de contas servir 800 pessoas numa noite não deve ser tarefa fácil, e com a qualidade elevada com que foram servidas mais difícil será. Como tudo na vida, o caminho para a perfeição só está ao alcançe de alguns. O prato de bacalhau e a sobremesa de chocolate estavam divinais... Só faltou mesmo um Vintage para terminar. Não se pode ter tudo. Em nome do Vinho da Casa deixo uma vénia e um "muito obrigado" à Revista de Vinhos pelo belo jantar e cerimónia que proporcionou.


Para o ano haverá mais! Isto se nos quiserem aturar outra vez....

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O Vinho no Porto

O Porto este fim-de-semana receberá o momento mais alto do ano no panorama vínico.
Falo-vos do jantar e cerimónia da entrega de prémios d'OS MELHORES DO ANO da Revista de Vinhos. O Vinho da Casa e todos os outros blog's de vinho foram convidados. Acho muito curioso e gratificante que a maior revista da especialidade nos observe e reconheça o nosso trabalho/hobby. Eu certamente serei um dos, senão, o mais novo ali presente. ( a não ser que os produtores levem os filhos de 22 anos :) )

Nesse mesmo dia 16, arranca o outro maior evento vínico nacional, o já bem conhecido ESSÊNCIA DO VINHO, com mais de 2000 vinhos em prova e 250 produtores. Sim, 2000!!!!
O programa está no site da Essência do Vinho, é só um clique aí na lista de links do lado direito.
Como apaixonado pelo vinho que sou, estarei lá sábado e domingo de copo na mão.
Se alguém me quiser pagar um copo é só dar uma apitadela! 916005100
Haverá ainda tempo para um jantar no sábado à noite onde eu e o blog Saca-A-Rolha e mais uns amigos estaremos presentes.


Estes 3 dias vão ser de loucos.
Até segunda-feira!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Arrojo Reserva 2004

Da Companhia de Vinhos do Douro, sai para o mercado pela primeira vez a Marca Arrojo Reserva.
É um tinto feito com as castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Touriga Franca, plantadas em terrenos xistosos bem lá no longíquo Douro Superior.
O estágio é feito durante 12 meses em barricas novas de Carvalho Francês.

Com 13,5%Vol e um cor rubi de boa concentração.
No nariz, o vinho mostra-se fresco e cheio de juventude, com a fruta preta e as violetas tão características a darem alegria, as notas de xisto são aqui perceptíveis, com a baunilha e as notas tostadas a darem um claro toque de modernidade ao conjunto. Nota-se ainda um ligeiro vegetal que trás ainda mais à percepção a ideia de um vinho jovem.

Na boca, pronto para ser apreciado, muito equilibrado, estilo moderno e abaunilhado, com os taninos suaves e afinados. De bom volume e afinado, ainda que elegante o vinho é no entanto pouco complexo, preocupa-se mais em agradar do que a mostrar a sua personalidade. Está presente uma vez mais a fruta preta, nada doce, pois a acidez está bem colocada, num final abaunilhado, perfumado e cativante.
Um vinho feito para agradar a quase todos, num perfil pronto para beber, moderno,embora um pouco mais de profundidade não lhe faria mal. É no entanto uma boa relação qualidade preço no que toca a vinhos do Douro no patamar praemium.

Nota 16
Preço - Aprox. 10 euros


quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Pequeno João 2005

A Herdade da Malhadinha Nova, é um projecto recente no país, mas que já está bem implementado no mercado, e dele já retirou muitas mais valias. De recordar os inúmeros prémios que o Malhadinha 2003 ou o Aragonês 2004 conseguiram arrecadar.
Situado a sul de Beja, esta herdade Alentejana aposta na qualidade e modernidade dos seus vinhos. Luís Duarte e Ian Richardson apoiam a família Soares.
Na colheita de 2004, este produtor lançou um novo produto com uma garrafa muito peculiar, de apenas 0,5l, imitando as bem conhecidas garrafas de Sauternes.

Em 2005, sai a 2ª versão deste Pequeno João, feito com Cabernet Sauvignon e Aragonês, 40% cada e 20% de Syrah e com um estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês.

Com 15% e opaco na cor, que denota grande concentração.
No nariz, encontra-se um aroma complexo, bem maduro e com uma envolvência tostada de bom nível. Os aromas químicos surgem no primeiro impacto, onde aparecem depois as notas de fruta bem madura lembrando ameixa preta e algumas pétalas de violetas. Consegue-se perceber também que o Cabernet está aqui muito bem ( sem o tal pimento verde que “só” os portugueses conseguem ter), com muita especiaria, cravinho e canela.

Na boca, acetinado, de baixa acidez, quase doce, perfil torrado da madeira, com baunilha, café, taninos presentes mas bem maduros. Encorpado e quase mastigável, com o álcool bem integrado no conjunto a fruta aparece uma vez mais bem madura e com grande extracção, num final longo e especiado com notas de pimenta verde.
É um vinho com uma grande extracção, com complexidade, encorpado e onde se nota a predominância do Cabernet Sauvignon muito bem trabalhado, embora a parte floral do Aragonês também não esteja esquecida. Mas este vinho marca mesmo pela qualidade do Cabernet.

Nota 17
Preço – 20 Euros
Produção – 4140 garrafas (0.5l)

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Dona Maria 2005

De volta ao Alentejo...
Dona Maria, são actualmente os vinhos produzidos por Júlio Tassara de Bastos, na zona de Estremoz onde explora 53 hectares de vinha, distribuídos pelas vinhas de Dom Martinho, Monte do Abreu e Quinta do Carmo.
D. João V esteve em tempos, tremendamente apaixonado por uma artesã, de seu nome Dona Maria, e como prova da sua paixão, adquiriu a Quinta do Carmo e ofereceu-a à sua amada.
Em prova esteve o branco de 2005, feito com 60% de Roupeiro, 20% de Arinto e 20% de Antão Vaz.

Com13,5%Vol, mostra uma boa cor amarelo esverdeado, brilhante e com uma concentração média.

No nariz, não muito exuberante, mas afinado, aparecem as notas frutadas e citrinas em primeiro plano, com limão, folha de limoeiro, ananás, algum chá e uns ligeiros aromas de cápsula de medicamento. Fresco, muito fresco, com um lado vegetal verde e bem primaveril também presente e com um ligeiro fundo mineral dando alguma complexidade ao conjunto bastante equilibrado.

Na boca, o vinho mostra-se uma vez mais um pouco tímido, apesar do bom corpo que tem, com um bom volume de boca, com a acidez bem integrada, mas com os aromas citrinos e algum verde a trazer frescura. Este perfil trás elegância, num final surpreendente, onde as notas tropicais aliadas a um ligeiríssimo fumado se prolongam muito bem no tempo.
Como já disse, é um vinho que prefere ser calmo e pouco falador, conseguindo com isso ter um perfil elegante e bastante equilibrado e sem qualquer desafinação.
Bem capaz de ir para a mesa, pois tem estrutura para isso.

Nota 15,5
Preço 7,50 euros
Produção 17 500 garrafas