domingo, julho 04, 2010

Almoço na Quinta das Bageiras

Mais uma grande jornada gastronómica, desta vez convocada através do fórum da Revista de Vinhos.

Local - Quinta das Bageiras, Fogueira, Anadia
Anfitriões - Mário Sérgio Alves Nuno responsável pelos vinhos, Senhor Simões responsável pelo peixe e Ricardo Mugasa responsável pelos leitões.
Ordem de Trabalhos - Provar e aprovar os vinhos da Quinta, as petingas da Figueira da Foz e o leitão do Mugasa.

Sinceramente, tenho vindo a reservar na minha memória a excelência e a dimensão emocional deste almoço. Não me apetecia nada partilhá-la mas:

Foi um prazer poder voltar a estas andanças, confesso. Desde dia 17 de janeiro, que não participava numa almoçarada de enófilos.

Houve 3 grandes personalidades com 3 armas e 3 atributos que tornaram possível fazer-me feliz e extasiado uma vez mais.

Senhor Simões, Figueirense com uns pitéus de peixe memoráveis.
Ricardo Mugasa e a sua arte de assar os bacorinhos.
Mário Sérgio e os vinhos da Quinta das Bágeiras.

Genialidade, simplicidade e sinceridade são os atributos comuns.


Quando vinha a caminho do Porto, vinha a registar os vinhos que se bebeu e houve algo que me deixou numa profunda reflexão:

Bebemos, entre outros, vinhos de 94, 95, 97 e passados estes anos todos os vinhos estavam imaculados, frescos, rijos e em grande forma. Não consigo encontrar nenhuma outra região no país capaz de manter a pureza e a vivacidade durante tantos anos dentro de uma garrafa. Viva a Bairrada e viva a Baga.

Focalizando na obra de Mário Sérgio: Já bebi muito vinho Português com esta idade, mas com esta franqueza e subtileza....

Depois, Mário Sérgio não coloca qualquer sabor a madeira nos seus vinhos, praticamente não precisa de "utensílios e extras". Entra uva, sai vinho.

Por último e tal como expressei durante o almoço, antes de conhecer com alguma razoabilidade os vinhos da Quinta das Bágeiras, tinha a noção que eram vinhos duros, difíceis de roer, imbebíveis em novos, violentos, enfim, para homens de barba rija. Redondamente enganado, cada vez mais acho que é em vinhos como os Bageiras que se redefinem palavras como equilíbrio, harmonia e delicadeza. Sobretudo, o vinho é um complemento de uma refeição e estes vinhos são assustadoramente gastronómicos.

Um enorme brinde ao Mário Sérgio e aos seus trabalhadores.


sábado, junho 19, 2010

Sol Lewitt 2001 by Dirk & Matador

Acusem-me e digam o que quiserem sobre a minha costela de comprado mas:




BEBI HOJE O SOL LEWITT 2001 e quase que caí de cú,

decantei apenas metade da garrafa, amanha volto a falar sobre o mesmo.
não estava para grandes voos, apenas para comemorar uma efeméride que ocorreu há uns 15 dias........ mas ainda assim, digna de comemoração. laboral, mais nao digo.

"mudar de vida,...." bla bla bla bla by Humanos(?????)

acompanhou um belo bife de "picanha" na chapa, apenas com pimenta preta acabada de moer e um pouco de flor de sal (comprada na Makro, peça inteira originária de Itália), arroz carolino Bom Sucesso (como é bom) e um ovo caseiro do centro de saúde da Joana feito na mesma chapa do bife, para ficar com um sabor "exquisite".


Sinceramente, adorava o Redoma 2001 (o tal que tinha cavalinho no meu entender) e achava o Batuta mais capaz, mas preferia o Redoma.

Agora este, meu deus (com letra pequena em honra ao Saramago), está de PUTA MADRE.


não tenho mais e vou ter que fazer contas para comprar uma ou duas na GN por 49,90.


alguém tem provado???

vou ver se amanha tiro foto e depois meto aqui.


segunda-feira, janeiro 18, 2010

Festival do Rhône - Weingut Fritz Haag & Douro Boys

Este sábado e domingo tive dos dias mais fantásticos da minha vida de enófilo.

Conheci um dos meus produtores preferidos.

Foi muito emocionante poder trocar experiências e emoções e acima de tudo ouvir o que Wilhelm Haag tem para nos contar.

Reconheço que cometi um erro gravíssimo para qualquer enófilo em não ter provado quase nada dos vinhos dos 16 produtores do Rhône que estavam no excelente e memorável evento organizado pela Niepoort, mas o meu coração, a minha alma não me deixava perder a oportunidade de aprofundar e ouvir todas as pequeninas palavras que o grande Haag dizia.

Tenho com muito orgulho, uma garrafa do seu Auslese Juffer Sonnehur GoldKapsel autografada(vazia infelizmente). Parecia uma criança a pedir um autógrafo ao Cristiano Ronaldo, mas não tive vergonha nenhuma de o fazer.

Haag faz, no meu entender, os melhores vinhos brancos do mundo. Frescos, delicados, leves, muito austeros e minerais. Profundos e sensíveis. São vinhos absolutamente apaixonantes, viciantes e assustadoramente perfeitos.

Ao Haag, o meu muito obrigado pela felicidade que me ofereceu.

PS - Além dos vinhos em prova, bebi no jantar de sábado em magnum o Fritz Haag Juffer Sonnehur Auslese 2001.... do outro mundo...