terça-feira, outubro 03, 2006

Versus 2004

Ora bem, acabou de sair o guia 2007 do João Paulo Martins, em que no capítulo da Beira Interior, ele atribui um 15,5 a este tinto. Há uns meses atrás este vinho tinha sido apresentado pela Blue Wine com a nota de 17,5, e meus amigos, todos saberão que um 17,5 para a Blue Wine é obra! Pois está acima do Chryseia, ao nível do melhor branco português, o Redoma Reserva... enfim acima de muitos grandes vinhos portugueses.

Como tenho 2 garrafas na garrafeira, que comprei após o 17,5 ter sido anunciado, decidi provar o vinho, pois um 15,5 pelo JPM, pode não ser um vinho para grandes aparatos.

É um tinto da Beira Interior como já disse, com as castas mais nobres do Douro, Touriga Nacional, Touriga Franca , Tinta Roriz e Tinta Barroca o que por si só pode levantar alguma curiosidade, pois é terroir é imcomparável.

O vinho tem um fermentação de curtimenta com maceração em cubas de inox, à temperatura de 22ºC. Parte do lote estagiou em cascos de carvalho francês durante 9 meses, resultando num lote com 14º de alcoól.

A cor dele impressiona, opaca, quase preta com grandes rebordos violáceos.
O nariz é austero, com alguma complexidade, fresco, com grande destaque para as notas químicas, florais, mentoladas e algumas ligeiras notas de barrica, tudo muito equilibrado com um fundo de fruto preto de boa qualidade.

A boca confirma a frescura apresentada, com a acidez bem vincada, com um volume enorme, denso, com taninos com T grande, mas em equilibrio com a estrutura do vinho. Nota-se que o vinho foi muito bem trabalhado, com um longo final de fruta preta e ligeiramente seco. Talvez se a madeira estivesse um pouco mais presente poderíamos ter aqui um vinho elegantíssimo e de grande classe, para outros grandes vôos.

Assim ficará pela:

Nota 16,5

Preço 8 euros (5,4 nas feiras de vinho aproveitem)
Produção 23.000 garrafas
Enólogo - Anselmo Mendes e Pedro Bravo Faria.


Post Scriptum
Poderia-se esperar que eu lógicamente avaliasse este vinho com uma nota intermédia, para não levantar pó. Mas, as pessoas que me conhecem, sabem que não sofro de falta de personalidade, nem medo de atribuição de notas, pois até, maior parte dos vinhos que provo ainda não saíram nos guias, ou ainda não tinham saído à data, como foi o caso do Charme 2004 que teve nota 18,5 aqui e no Guia do JPM, por exemplo...
No entanto com este Versus não há volta a dar, anda mesmo, na minha opinião entre o 16 e o 17.

34 comentários:

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  5. Penso que no texto que escrevi, percebe-se bem que provei o vinho para meu "descanso pessoal". Não foi para decidir a questão da diferenças de 2 valores entre os dois provadores.

    Leia-se:
    "Como tenho 2 garrafas na garrafeira, que comprei após o 17,5 ter sido anunciado, decidi provar o vinho, pois um 15,5 pelo JPM, pode não ser um vinho para grandes aparatos."

    Resumindo, aprecio e respeito os críticos:
    Quando saiu o 17,5 comprei 2 garrafas.

    Quando saiu o 15,5 decidi provar para saber se valia a pena ter o vinho em cave para uma ocasião especial ou se serviria apenas para o dia a dia, pois a mim o vinho vai-me custando dinheiro, tenho que o comprar quase sempre.

    Por isso, decidi então prová-lo e decidir se o vinho PARA MIM merece ou não ser apreciado numa ocasião especial.

    PS: No entanto, sou livre de fazer as críticas que quero aos vinhos, por esse mesmo motivo publico as minhas apreciações para os meus 37 leitores diários.

    Abraço

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  9. Sr Paulo Silva

    Poderia informar-me, a um leitor menos esclarecido, quem foi o autor da nota de prova do Versus Tinto 2004 - Beiras, que apareceu na Revista Blue Wine ?

    Cordiais cumprimentos.

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  10. Caro Conjurado, o provador de serviço foi o Raúl Riba d'Ave (RRA).

    Um abraço.

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  21. Caro Amigo

    Por aqui produzem-se razoáveis pingas, Alorna, Casa Cadaval, D. Hermano, Alqueve, são as que neste momento destaco. Infelizmente não vejo grandes notas de prova dos vinhos da nossa zona. Como Ribatejano espero que corrija rápidamente esta situação.

    Fernando Lopes

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  23. Caro Fernando Lopes, é verdade tenho que comprar umas coisas ribatejanas...

    Mas olhe que já provei aqui 3 do Ribatejo!
    Casal da Coelheira 2004
    Casal da Coelheira Reserva 2003
    Quinta do Alqueve Tradicional 2002

    Gostava de provar o Mythos, mas não o vi ainda há venda, e o preço é puxadito.

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  24. O Mythos vi-o no ECI de Gaia há 2 semanas atrás, fiquei com a ideia de custar 18€ aprox.

    A rolha não estava danificada, mas se lhe tocasse com o dedo cairia imediatamente dentro da garrafa... não tinha diâmetro suficiente, o que é very odd...!

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  25. Ok Ok, estava lassa!

    Eu não li bem o comentário lá em cima, é o que dá ter tanta janela aberta no PC e andar a fazer tudo ao mesmo tempo. :)

    O melhor é perguntar ao Paulo Saturninho Cunha, ele anda nestas andanças informáticas, envie-lhe uma mensagem nos fóruns!

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  34. Vou apagar os comentários todos, pois acho que isto está a fugir, e em muito, ao objecto deste Blog.

    Desculpem-me a expressão, mas:

    Falem de vinhos porra!

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