terça-feira, abril 15, 2008

Altas Quintas

Este produtor não para. Estão aí mais duas novidades no mercado. Na senda dos já conhecidos Crescendo's, aparece agora para completar a gama, um branco da colheita de 2007. É um branco só em inox, com Verdelho, Arinto e Fernão Pires. Depois, nos tintos, surge um novo conceito. Mensagem. Todos os anos, o produtor vai enviar uma mensagem aos consumidores, mensagem essa que será a expressão do terroir da serra de São Mamede em cada casta. Este ano, a primeira casta enviada é o Aragonês. Apresento então, em jeito de nota de prova, estes dois vinhos das Altas Quintas.

Altas Quintas Mensagem de Aragonês 2005
Fermentação em balseiros Seguin Moreau seguido de estágio de 12 meses em barricas novas.
No nariz, tem um recorte muito aristocrático, bem apoiado na barrica mas sem grandes exageros. Nota-se claramente um perfil balsâmico refrescante, repleto de fruto vermelho. Fresco, mineral e com aromas de chocolate preto, mostra uma extracção excelente. Nem a mais, nem a menos. São vinhos como este, regulados por um relógio suíço que mais deveriam impressionar (comigo assim acontece) do que as bombas relógio frutadas e demasiadamente gulosas. Profundo.
Na boca, com a entrada típica Altas Quintas, sedoso, com a tosta da madeira e a fruta delicada a marcarem passo. Algum baunilha mesclada com fruto. Sério e muito muito elegante, tem uma bela acidez. Taninos vincados, mas bem maduros. Ainda não muito definido na boca, com algum vigor a mais para a estrutura que apresenta. O final de boca é revigorante, aparacendo algum vegetal. Está a precisar ainda de algum tempo em garrafa, que certamente fará o vinho ficar ainda mais equilibrado e para a madeira deixar o vinho falar um pouco mais na boca. À mesa, com pratos fortes, é um prazer.
Nota 17,5
Preço 19,50
Produção 3.000 garrafas



Altas Quintas Crescendo Branco 2007
Com 13,5% mostra um coloração amarelo de concentração média/alta, com reflexos dourados.
No nariz, muito mas muito exuberante aparecem logo algumas notas que nos transportariam para um vinho Neo-Zelândes. Rebuçado, vegetal fresco, kiwi, lima, muito tropical. Aroma muito bonito e limpo. A frescura está bem presente, denunciando no entanto alguma fruta madura e doce.
Na boca, com bom corpo, entra bem mais discreto. Alguma untuosidade com notas outra vez de banana e de vegetal muito fresco. A acidez é mediana, o que acaba por deixar vir ao de cima alguma doçura, bemvinda que anima o conjunto. O final de boca parece trazer uma ligeira ponta alcoólica, perfumado, muito tropical e com persistência média. Parece-me claramente um vinho que foge ao padrão Antão Vaz, num estilo guloso e algo docinho, certamente mais virado para o público feminino. Bebido a 8/10ºC (não mais) será óptimo para uns pratos frios.
Nota 15
Preço 8 euros

1 comentário:

  1. Meu caro Paulo,aproveito este local de comentários,para lhe solicitar que me permita colocar o endereço deste blog nos links do meu blog(www.winebarnazare.blogspot.com),da mesma maneira pedia-lhe se possivel fazer o mesmo em relação ao meu endereço,num link do seu blog.desta maneira espero a divulgação dos nossos blogs com o intuito principal de "chegarmos" a mais amantes da causa Enófila.
    Cumprimentos,aguardo resposta..nuno estrelinha@gmail.com,nazaré

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.