segunda-feira, junho 16, 2008

Anima L5

Depois do sucesso que foi o Anima L4, o seu sucessor, o L5 que representa a ano da colheita, tinha uma grande responsabilidade. Ainda por cima 2005 foi um ano mais equilibrado no geral, menos excessivo e que tem originado vinhos muito interessantes.
A história deste vinho nasce da paixão do produtor, José da Mota Capitão, pela casta italina Sangiovese. Essa paixão levou-o a plantar nos solos tórridos do Torrão, paredes meias com o Alentejo esta casta.

Com 14%Vol mostra um cor rubi avermelhada, com pouca concentração.
No nariz, o aroma distinto e sedutor é impossível de resistir. Especiarias, algum couro novo, aromas exóticos e madeira encerada. Fruta muito nobre e na quantidade certa. A tosta da barrica mostra-se muito elegante. Este nariz, embora não tão complexo como o L4, é soberbo e é uma autêntica flecha ao coração. Se se pudesse metaforizar, este aroma é como uma linda mulher latina, vestida por Yves Saint Laurent, que recentemente nos abandonou.

Na boca, o vinho mostra-se uma vez mais bastante delicado e com alguma cremosidade. Embora tenha ainda alguns taninos presentes, a harmonia não se perde. Mostra-se com muita garra e com uma acidez muito equilibrada. Algum vegetal mesclado na tosta fresca da barrica e da cereja. Final longo e ligeiramente seco. Está um vinho sério, que dá mostras de evoluír muito em garrafa. Menos quente que o seu antecessor, menos aberto e menos pronto para beber. Dá muito mais prazer provar este L5, pela sua personalidade, mas o L4 é um mimo para se beber. Beba-se o L4 e guarde-se o L5. Vai ser um grande vinho. Esta segunda colheita é a confirmação de uma certeza. Já vos disse que estas vinhas foram plantadas só em 2002?

Nota 17,5
Preço 25 Euros

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