terça-feira, outubro 28, 2008

Time is never time at all

O tempo escasseia, o formato descritivo não me surpreende, embora a vontade de escrever seja emergente. Mais light, mais friendly-user assim será... Este espaço continuará a ser de crítica pessoal de vinhos, embora o estilo Fordista nao vingará mais. As notas de prova perderão toda a sua classicidade e artefactos. Falarei de vinhos que provei, mas tentarei descrever a forma como os bebi.


Novidade do Douro, Parceria tinto 2007, do Douro. Um tinto fresco e frutado, com alguma borracha no aroma e onde algumas notas de Touriga saltam alegremente do copo. Na boca, com toda a juventude mostra-se elástico e a pedir comida com alguma rusticidade, pois a acidez com a acidez elevada e a garra dos taninos não perdoam. Ligou muito bem com uma alheira de Vinhais.
Nota 15,5

Vindo de Valença do Minho, este Alvarinho já não é novidade para mim, mas é pena ser um vinho desconhecido pelo país fora... Rolan 2007 rótulo preto é um branco feito à moda dos Albariños Sobre Lias. Esteve longas semanas sobre as borras finas para ganhar corpo, untuosidade e equilibrio. E o vinho mostra isso mesmo! Muito exuberante, com um forte pendor citrino maduro. Sente-se uma enorme harmonia nos aromas, com um perfil mineral muito vincado. O Alvarinho está cá, mas mais maduro, mais complexo. O final de boca é muito prolongado com alguma cremosidade. Por vezes ficamos a pensar que o Alvarinho precisa é de ser bem vinificado, em vez de se recorrer à banal madeira de carvalho... Curioso que este é o Alvarinho que mais gosto cá em Portugal, a seguir aos Soalheiros é claro....
Nota 17

Até as colheitas no Ribatejo são tardias. Em Vale D'Algares alguém se esqueceu de vindimar Viognier. Digo isto porque acho que o Vale D'Algares Viogniner seco de 2007 que provei está mais profundo de aromas, com maior complexidade e com um equilíbrio muito maior. Com muitas notas de pêssego e tangerina, a madeira de boa qualidade mostra-se muito mais integrada que 0 2006. Na altura em que o provei era um pouco perturbadoras as notas fumadas e tostadas. Ora, 2007 é um vinho muito mais clean. Final longo e perfumado. Muito bem este Viognier.
Nota 17

Já o VA Viognier Colheita Tardia, embora mostre alguns aromas interessantes... cogumelos, alguma fruta cristalizada, é na boca que se torna algo chato. Os aromas desaparecem com uma rapidez... Provados lado a lado no final, a persistência na boca do Viognier era maior e mais saborosa que o Colheita Tardia! No entanto, entende-se que este vinho foi uma experiência. E é de aplaudir.
Nota 15,5

E assim é, mais umas notitas de prova. Terminando com uma anedota... "amanhã há mais!"

Esta semana fui duas vezes ao Dragão. E não sou masoquista.


2 comentários:

  1. «Esta semana fui duas vezes ao Dragão. E não sou masoquista.»

    OK!

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  2. You can never ever leave without leaving a piece of youth

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