Ora vamos todos, incluindo eu, aprender mais qualquer coisa sobre o líquido que nos une!
Deve fazer-se uma distinção nítida entre conservação e envelhecimento na garrafa.
A primeira tem a finalidade de manter o mais tempo possível as melhores características organolépticas do vinho, quer este seja novo e destinado a consumo num futuro próximo quer seja já "velho" na pipa; enquanto o envelhecimento é finalizado pela formação de novas características de coloração, de aroma e de sabor, que completam o carácter típico do vinho.
Na garrafa ocorrem, substancialmente, as seguintes transformações:
Quanto à cor:
O vinho tinto, de violáceo torna-se rubi e, depois, granadino, assumindo por fim reflexos alaranjados quando envelhece passados alguns anos.
O vinho branco, amarelo-esverdeado torna-se de coloração dourada.
Quanto ao aroma:
O aroma a fruta que é dado pela uva perde-se a pouco e pouco, à medida que se forma uma série de novos compostos (éteres, ésteres, etc.) que provocam aquilo a que a maioria dos técnicos define como o verdadeiro bouquet.
Quanto ao sabor:
O vinho torna-se menos adstringente e menos ácido, isto é, fica mais macio. Esta evolução na garrafa deve-se ao facto de o vinho estar "vivo" devido aos microrganismos que contém, passando, por isso, por diversas fases que culminam com o envelhecimento. Atingindo o estádio em que se evidenciam as melhores características organolépticas, torna-se necessário mantê-las ao longo do tempo.
Para que tal se consiga, a adega (ou garrafeira) deve possuir:
Exposição:
A melhor exposição do local destinado à conservação do vinho é a Nordeste, pois evita oscilações bruscas de temperatura. Nunca deve existir tubagens de aquecimento nem deve ser revestida por um material isolador.
Deve-se evitar a presença de odores, pois o vinho absorve-os com alguma facilidade.
Deve-se também evitar trepidações.
Temperatura:
Se possível, tentar manter uma temperatura a rondar os 10º-14º durante todo o ano...
Pois temperaturas inferiores podem originar a formação de bitartarato ou tártaro, diversas turvações e inibição das bactérias lácticas, podendo mesmo a maturação do vinho parar!
Em casos de temperaturas muito altas, surge um envelhecimento precoce, podendo as bactérias originar o aparecimento de algumas doenças, azedume e acescência.
Humidade:
O local deve andar pelos 60-70% de humidade no ar.
Se for muito seca a adega, as rolhas podem secar e permitir a entrada de ar na garrafa, enquanto se o local for muito húmido, pode haver criação de bolores.
Por último, o local deve ser arejado e ter uma iluminação fraca, evitando luzes néon! O melhor local para ter uma adega é mesmo uma cave natural, ou para as Urbes, a arrecadação do piso -1 do vosso prédio pode ser ideal!
Os vinhos devem ser sempre guardados na horizontal, à excepção de Moscatéis, Tawny's e destilados( aguardentes...).
Deve fazer-se uma distinção nítida entre conservação e envelhecimento na garrafa.
A primeira tem a finalidade de manter o mais tempo possível as melhores características organolépticas do vinho, quer este seja novo e destinado a consumo num futuro próximo quer seja já "velho" na pipa; enquanto o envelhecimento é finalizado pela formação de novas características de coloração, de aroma e de sabor, que completam o carácter típico do vinho.
Na garrafa ocorrem, substancialmente, as seguintes transformações:
Quanto à cor:
O vinho tinto, de violáceo torna-se rubi e, depois, granadino, assumindo por fim reflexos alaranjados quando envelhece passados alguns anos.
O vinho branco, amarelo-esverdeado torna-se de coloração dourada.
Quanto ao aroma:
O aroma a fruta que é dado pela uva perde-se a pouco e pouco, à medida que se forma uma série de novos compostos (éteres, ésteres, etc.) que provocam aquilo a que a maioria dos técnicos define como o verdadeiro bouquet.
Quanto ao sabor:
O vinho torna-se menos adstringente e menos ácido, isto é, fica mais macio. Esta evolução na garrafa deve-se ao facto de o vinho estar "vivo" devido aos microrganismos que contém, passando, por isso, por diversas fases que culminam com o envelhecimento. Atingindo o estádio em que se evidenciam as melhores características organolépticas, torna-se necessário mantê-las ao longo do tempo.
Para que tal se consiga, a adega (ou garrafeira) deve possuir:
Exposição:
A melhor exposição do local destinado à conservação do vinho é a Nordeste, pois evita oscilações bruscas de temperatura. Nunca deve existir tubagens de aquecimento nem deve ser revestida por um material isolador.
Deve-se evitar a presença de odores, pois o vinho absorve-os com alguma facilidade.
Deve-se também evitar trepidações.
Temperatura:
Se possível, tentar manter uma temperatura a rondar os 10º-14º durante todo o ano...
Pois temperaturas inferiores podem originar a formação de bitartarato ou tártaro, diversas turvações e inibição das bactérias lácticas, podendo mesmo a maturação do vinho parar!
Em casos de temperaturas muito altas, surge um envelhecimento precoce, podendo as bactérias originar o aparecimento de algumas doenças, azedume e acescência.
Humidade:
O local deve andar pelos 60-70% de humidade no ar.
Se for muito seca a adega, as rolhas podem secar e permitir a entrada de ar na garrafa, enquanto se o local for muito húmido, pode haver criação de bolores.
Por último, o local deve ser arejado e ter uma iluminação fraca, evitando luzes néon! O melhor local para ter uma adega é mesmo uma cave natural, ou para as Urbes, a arrecadação do piso -1 do vosso prédio pode ser ideal!
Os vinhos devem ser sempre guardados na horizontal, à excepção de Moscatéis, Tawny's e destilados( aguardentes...).
Vinho da Madeira, LBV's filtrados, e vinhos da familia Ruby tambem devem ser guardados em pe.
ResponderEliminarObrigado pla sua ajuda Sr. Anónimo.
ResponderEliminarE a guarda numa posição oblíqua invertida?
ResponderEliminarVi essa solução numa reportagem da revista de vinhos de Março em casa do Nuno Cancela de Abreu.
Cumprimentos,
Mrc
A guarda numa posição obliqua invertida não é recomendável. É verdade que dá para evitar a entrada de ar na garrafa contudo, se houver a formação de "borras" vão-se formar junto à rolha o que não é nada desejável, não facilita nada a decantação.
ResponderEliminarCumprimentos
Vítor Madeira