Já há uns dias perdi algum a brincar com 5 copos de alguns brancos monocasta em prova cega, embora não fosse muito complicado descobrir quem é quem.
Provei um exemplar de:
Antão Vaz
Rabigato
Alvarinho
Bical
Sauvignon Blanc
Foi esta a ordem de prova cega, escolhida ao acaso.
Antão Vaz da Peceguina 2007
100% Antão Vaz em inox.
No nariz mostra um lado verde muito alegre. Repleto de rebuçados, banana e algumas flores frescas inundam o copo. Nota-se algum nervo e uma frescura impar. Claramente um vinho feito só em inox para garantir toda a frescura e juventude de uma casta exuberante.
Na boca, cheia de citrinos e frutos ligeiros tem um corpo médio, com alguma untuosidade. Apesar de não ser um vinho delgado e ligeirinho na boca, tem um carácter fresco e mineral que acaba por não deixar cair o vinho para o clube dos brancos de inverno. Com boa profundidade, a acidez é alta e refrescante, volta a mostrar que temos vinho para o verão, para acompanhar pratos de peixe, nada complicados. No final da prova acompanhou uma canja de bacalhau na perfeição. Parece-me bem mais consensual e equilibrado que o 2006.
Nota 16
Dona Berta Rabigato Reserva Vinhas Velhas 2007
100% Rabigato de vinhas com mais de 150 anos, também só em inox.
No nariz é claramente o vinho mais novo, mais verde e mais electrizante. Os aromas estão muito vincados e saltam do copo sempre num tom duro e frio. Relva, vegetal fresco e notas de casca de tangerina muito intensas. Com um perfil muito próprio e mineral pede tempo e até mesmo um decanter para o deixar soltar-se.
Na boca, com uma mineralidade incrível, do mais frio que se pode imaginar. O peso da vinha velha está aqui bem presente. Sóbrio e equilibrado, de repente se torna nervoso e com uma acidez enorme a revigorar todo a prova de boca. Final de boca prolongado, sempre num fio fresco e mineral, com aromas citrinos. Muito parecido ao 2006, mas uns furos abaixo na prova de boca.
Nota 16,5
Dorado 2006
100% Alvarinho só em inóx mas com estágio sobre as borras prolongado.
No nariz, estranho e com aromas que denotam alguma oxidação. Palha seca, maçã reineta e vegetal muito desconcertante e um aroma ligeiro a fruto tropical muito maduro. O aroma está longe da exuberância e beldade dos Alvarinhos.
Na boca, sempre na mesma toada dos frutos maduros, com muita maçã. Gordo e estruturado tem uma acidez média/alta. O final de boca é de boa duração mas um pouco enjoativo com nuances de mel e de compotas brancas. Já com o 2005 tive grandes problemas de prova, pensando mesmo que o vinho estava afectado por TCA. Provadas 3 garrafas, não consegui gostar.
Nota 13,5
Vinha Formal 2006
100% Bical e 12 meses em barricas grandes de Carvalho Francês
No nariz mostra o aroma mais delicado e elegante de todo o painel. Lembra por instantes um branco da Borgonha com a madeira muito bem integrada. Fósforo, pão torrado e notas de mel embelezam o nariz. Com o tempo no copo surgem notas de lima e de ananás. Cativante e muito envolvente.
Na boca está em plena forma. Com um perfil mineral e citrino. A acidez é muito alta e está bem balançada com alguma untuosidade e pelas notas tostadas. Um vinho que pede pratos de peixe simples e não muito cozinhados. Para acompanhar sushi, além dos Rieslings, é das melhores opções que se pode tomar. Excelente final de boca, intenso e complexo. Um pouco diferente do 2005, menos estruturado parece-me, mas ainda assim um vinho muito bem feito. Um grande Vinha Formal, com a casta Bical no seu auge.
Nota 17
Quinta do Cidrô Sauvignon Blanc 2007
100% Sauvignon Blanc em inox. Curiosa a coloração rosada que o vinho mostra. Estranho.
No nariz a exuberância é extrema. Vegetal fresco, melão e outros frutos brancos frescos dão alegria. Aparecem aromas a rosas muito delicados e alguns toques mais adocicados.
Na boca, limpo e bastante leve. Bastante seco para o que se previa no nariz, com fruto fresco e acidez cítrica. O final de boca baseia-se no perfume floral, intenso, rico mas também um pouco enjoativo. Não sou nada adepto desta casta vaidosa. Vejo-lhe muita qualidade, mas não é o meu estilo.
Nota 15,5
Provei um exemplar de:
Antão Vaz
Rabigato
Alvarinho
Bical
Sauvignon Blanc
Foi esta a ordem de prova cega, escolhida ao acaso.
Antão Vaz da Peceguina 2007
100% Antão Vaz em inox.
No nariz mostra um lado verde muito alegre. Repleto de rebuçados, banana e algumas flores frescas inundam o copo. Nota-se algum nervo e uma frescura impar. Claramente um vinho feito só em inox para garantir toda a frescura e juventude de uma casta exuberante.
Na boca, cheia de citrinos e frutos ligeiros tem um corpo médio, com alguma untuosidade. Apesar de não ser um vinho delgado e ligeirinho na boca, tem um carácter fresco e mineral que acaba por não deixar cair o vinho para o clube dos brancos de inverno. Com boa profundidade, a acidez é alta e refrescante, volta a mostrar que temos vinho para o verão, para acompanhar pratos de peixe, nada complicados. No final da prova acompanhou uma canja de bacalhau na perfeição. Parece-me bem mais consensual e equilibrado que o 2006.
Nota 16
Dona Berta Rabigato Reserva Vinhas Velhas 2007
100% Rabigato de vinhas com mais de 150 anos, também só em inox.
No nariz é claramente o vinho mais novo, mais verde e mais electrizante. Os aromas estão muito vincados e saltam do copo sempre num tom duro e frio. Relva, vegetal fresco e notas de casca de tangerina muito intensas. Com um perfil muito próprio e mineral pede tempo e até mesmo um decanter para o deixar soltar-se.
Na boca, com uma mineralidade incrível, do mais frio que se pode imaginar. O peso da vinha velha está aqui bem presente. Sóbrio e equilibrado, de repente se torna nervoso e com uma acidez enorme a revigorar todo a prova de boca. Final de boca prolongado, sempre num fio fresco e mineral, com aromas citrinos. Muito parecido ao 2006, mas uns furos abaixo na prova de boca.
Nota 16,5
Dorado 2006
100% Alvarinho só em inóx mas com estágio sobre as borras prolongado.
No nariz, estranho e com aromas que denotam alguma oxidação. Palha seca, maçã reineta e vegetal muito desconcertante e um aroma ligeiro a fruto tropical muito maduro. O aroma está longe da exuberância e beldade dos Alvarinhos.
Na boca, sempre na mesma toada dos frutos maduros, com muita maçã. Gordo e estruturado tem uma acidez média/alta. O final de boca é de boa duração mas um pouco enjoativo com nuances de mel e de compotas brancas. Já com o 2005 tive grandes problemas de prova, pensando mesmo que o vinho estava afectado por TCA. Provadas 3 garrafas, não consegui gostar.
Nota 13,5
Vinha Formal 2006
100% Bical e 12 meses em barricas grandes de Carvalho Francês
No nariz mostra o aroma mais delicado e elegante de todo o painel. Lembra por instantes um branco da Borgonha com a madeira muito bem integrada. Fósforo, pão torrado e notas de mel embelezam o nariz. Com o tempo no copo surgem notas de lima e de ananás. Cativante e muito envolvente.
Na boca está em plena forma. Com um perfil mineral e citrino. A acidez é muito alta e está bem balançada com alguma untuosidade e pelas notas tostadas. Um vinho que pede pratos de peixe simples e não muito cozinhados. Para acompanhar sushi, além dos Rieslings, é das melhores opções que se pode tomar. Excelente final de boca, intenso e complexo. Um pouco diferente do 2005, menos estruturado parece-me, mas ainda assim um vinho muito bem feito. Um grande Vinha Formal, com a casta Bical no seu auge.
Nota 17
Quinta do Cidrô Sauvignon Blanc 2007
100% Sauvignon Blanc em inox. Curiosa a coloração rosada que o vinho mostra. Estranho.
No nariz a exuberância é extrema. Vegetal fresco, melão e outros frutos brancos frescos dão alegria. Aparecem aromas a rosas muito delicados e alguns toques mais adocicados.
Na boca, limpo e bastante leve. Bastante seco para o que se previa no nariz, com fruto fresco e acidez cítrica. O final de boca baseia-se no perfume floral, intenso, rico mas também um pouco enjoativo. Não sou nada adepto desta casta vaidosa. Vejo-lhe muita qualidade, mas não é o meu estilo.
Nota 15,5
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