terça-feira, abril 29, 2008

Antão Vaz & Arinto Coop.de Borba 2005

Fazer milhões de litros a preços da China não é certamente o tipo de produtor que me cativa... Nem sequer tenho interesse em provar esses vinhos, pois são vinhos massificados, feitos para um público muito pouco atento e que apenas vê o vinho como uma bebida alcoólica. Porém, a Adega de Borba, além dos vinhos de combate que produz, tem já há alguns anos um linha de varietais de quantidades bem mais reduzidas e muito interessantes.
O vinho é fermentado e estagiado em barricas novas.

Cor amarela dourada de boa concentração e 13%Vol.
No nariz, a percepção de um branco que passou pela madeira é mais que óbvia. A baunilha e alguns amanteigados trazem complexidade a um aroma melado, com toques de flores e de frutos exóticos. Curiosas as boas notas de evolução que já se mostram no nariz, com um cheirinho delicioso de derivados de petróleo.

Na boca, redondo e com um corpo surpreendente, mostra-se ainda com alguma frescura citrina que rapidamente é assombrada pelas notas tostadas e fumadas de boa intensidade. A acidez consegue equilibrar o conjunto, num final muito abaunilhado e algo quente, de média duração. Um vinho que merece ser bebido com um peixe no forno, ou mesmo com salmão fumado, sem preconceitos. Tenho acompanhado este vinho há mais de um ano, e noto que o vinho está a evoluir muito bem, ao nível dos bons brancos alentejanos, apenas com um senão... a madeira (muito provavelmente proveniente do Carvalho Americano) em demasia. O preço é imbatível. Para comprar às caixas.

Nota 15,5
Preço 2.80 Euros na Adega
Produção 14.000 garrafas


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