Este Vinho da Casa não necessita de grandes apresentações, pois penso que todos o vêem em todo o lado, e já tem um historial enorme. Basta apenas dizer que este Colheita na altura foi vinificado com as castas Aragonês, Trincadeira, Tinta Caiada, Castelão e Alfrocheiro, apresentando 13º com estágio em madeira.
Este vinho foi para mim, antes de "entrar" nestas andanças uma referência Nacional, mas penso que hoje em dia estará um pouco longe disso, pelo menos a mim o vinho não me convenceu.
Ofereceram-me no Natal duas garrafas destas, tendo aberto a primeira na passagem de ano, tendo-lhe notado uma acidez um pouco desequilibrada, tendo pensado na altura que fosse problema de garrafa, mas como verão mais abaixo, esta garrafa ora aberta apresenta as mesmas características.
Optei por iniciar a prova a 15º, mas foi aos 17º/18º que o vinho se tornou mais atraente.
Apresenta uma cor rubi, com reflexos de vermelho quente no anel.
Um nariz de intensidade mediana, algo floral e com notas de cereja, conjugado com carácter vegetal. Em segundo plano aparecem aromas quentes, terra húmida, tabaco. Para completar o lote, faz-me pensar ligeiramente em lagares. Nariz correcto mas nada exuberante.
Na boca mostra-se encorpado, com uma boa estrutura, no entanto a acidez desequilibrada não consegue criar um bom perfil. Aparecem umas notas lenhosas e vegetais, lembrando mesmo azeitona com a fruta em segundo plano, mas bem madura.
Final médio e especiado.
De facto o vinho não me convenceu, pois com o preço que apresenta, 13 euros, podemos encontrar alternativas melhores e bem mais em conta.
Nota 14
Nao sera' um vinho para acompanhar comida, e principalmente a da regiao de onde vem, mais do que para ser provado, na acepcao analitica do termo? Atencao que nunca provei este vinho, trata-se de uma pergunta genuina. Nao nos estaremos a esquecer do fundamental, que o vinho serve para ser apreciado 'a mesa? Nesse caso, a prova analitica deveria ter em conta essa variavel...
ResponderEliminar«Para completar o lote, faz-me pensar ligeiramente em lagares»
ResponderEliminarO que o fez pensar em lagares ?
Será que sabe o que são lagares ?
Caro anónimo, concordo consigo no facto de haver vinhos que são para serem degustados com a presença de comida.
ResponderEliminarNo entanto, queira perceber, para as provas terem um pouco de sentido, convém que sejam efectuadas todas nas mesmas condições, pois a comida para cada vinho pode ser diferente e vai alterar a nossa percepção de vinho para vinho.
Logo as provas, quer as minhas quer as dos profissionais, são feitas em copos de prova, a temperatura adequada e sem comida.
O que não quer dizer que eu prove o vinho e o mande fora depois! Não! Costumo fazer a prova quase sempre antes da refeição e depois bebo o vinho já com um prato. Digo-lhe que para o Cartuxa foi um Roti de porco no forno, mas mesmo assim não convenceu, foi regular e aguentou a refeição
"Conjurado said...
ResponderEliminar«Para completar o lote, faz-me pensar ligeiramente em lagares»
O que o fez pensar em lagares ?
Será que sabe o que são lagares ?"
Devo ou fiz lhe alguma coisa para estar constantemente a criticar-me?
Se lhe faz confusão este meu espaço, não o visite mais.
Sem mais, Paulo Silva
Em muitos vinhos existem sugestões aromáticas que nos reportam para os lagares. Os vinhos alentejanos têm por vezes essa característica.
ResponderEliminarA tal impressão de azeitona, de bagaço aparece em muitas situações.
Um abraço
Como deve compreender, nao estava a sugerir que fizesse a prova acompanhando o vinho com comida. O que sugeria e que tivesse em conta essa variavel aquando da prova, se e que me faco entender. A prova, como sabe, nao tem que ser feita em copo ISO - boa parte dos provadores profissionais nao usa esse tipo de copos nas suas avaliacoes, e ainda bem.
ResponderEliminarPS: nao sei qual o objectivo com que escreve este espaco, mas suponho que pretende que alguem o leia e comente, sugira temas de conversa. Dirigir-se as pessoas por "Caro anonimo" nao me parece a forma mais correcta de as receber. Num universo de 10 milhoes de portugueses, que lhe importa a si o meu nome? Principalmente quando nao nos conhecemos de parte alguma. Primeira e ultima vez, pela parte que me toca. Felicidades.
Gosto de saber com quem falo!
ResponderEliminarMesmo se usasse um nick qualquer era mais positivo.
Assim em comentários futuros já sabia que eram seus e assim podiamos seguir uma linha de raciocinio.
Imagine que duas pessoas diferentes comentam como anónimo, como poderei saber?
Um abraço.
Se não sabe digerir uma crítica... é muito mau sinal.
ResponderEliminarMas já o entendi... não sabe não responde... não ande é a fingir que sabe.
Conjurado, o que se passa aqui é que não aceito críticas com segundas intenções.
ResponderEliminarPor esse motivo a partir deste momento só respondo a comentários que eu considere louváveis de merecer uma resposta. Sou livre para isso. Mas não se preocupe que publicarei sempre os seus desabafos, os seus momentos de revolta ou de inveja, as suas palavras de desconfiança perante quem não conhece.
Tem, tal como eu todo o direito de se exprimir.
Um abraço.
Ai Ai esta jumentude de hoje...
ResponderEliminarMuito, muito interessante ver meus amigos portugueses brigando. São muito gentis.
ResponderEliminarAqui no Brasil este vinho custa (safra 2001) 20 euros. Penso que não vale o preço. Trata-se apenas de um vinho razoável. Nada excepcional.
Meu caro, Paulo Silva
ResponderEliminarAcabei de provar o vinho-alvo do seu comentário e não podia estar mais de acordo com o seu parecer. Achei um vinho perfeitamente sem "graça", normal e, como tal, com um preço excessivo.
Cumprimentos,
Carlos A.
Caro Carlos A.,
ResponderEliminarÉ com muito agrado que recebo o seu comentário, pelos vistos há "colossos" Portugueses que são vendáveis pela qualidade de outrora e claro, pela imagem da Marca.
Digo-lhe isto também, pois recentemente em Restaurante pedi um E.A. Branco 2005 e arrependi-me completamente.
Há brancos Alentejanos a menor preço e bem melhores...
estive este ano em fevereiro em vizela a almoçar num restaurante pedi como vinho um redondo tinto azar nao havia e a seguir a surpresa a proposta de um EA 2005 qual nao foi a minha surpresa que maravilha como vivo em paris trouxe comigo uma garrafa o meu filho casava em setembro dei-o a prova no restaurante e foi ele que foi servido todos os convidados ficarao surpreendidos(temos excelentes vinhos so nos faltao excelentes vendedores no estranjeiro.maximino figueiredo
ResponderEliminarOlá, sou brasileiro, adoro os vinhos portugueses! Também não tive muita sorte com os cartuxa, ja os tomei duas vezes e não gostei. O branco também não me agradou. De toda a forma há muitos apreciadores por aqui. Pessoalmente prefiro os vinhos da Esporão. Abraços, Alex.
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