Após esta onda lusa de emoção, alegrias, e nostalgias também pois o Figo e o Homem do Queijo vão pra reforma, nada melhor que brindar com um peso-pesado do Douro, um vinho produzido num só lagar, "Lagar 1" da Quinta de Macedos pela arte de dois irmãos, Paul e Raymond Reynolds.
Este vinho fez-me pensar enquanto o provei, pois os uvas que deram origem a este vinho foram exclusivamente seleccionadas de vinhas velhas, ( enxertadas em 1945-1946), portanto um ano após a Segunda Grande Guerra.
Como estaria o mundo naquela altura?
Como seria o Douro Vinhateiro em 1946?
Não sabemos, mas pelo menos podemos tentar absorver algo com o prazer de degustar este vinho, talvez ele nos transmita algo daquela época, do terroir...
É então um vinho fermentado em lagar e sem leveduras comerciais, com maior predominância na casta Tinta Roriz, passou em Fevereiro de 2003 para barricas "Allier" onde permaneceu 12 meses, seguido de mais 12 meses de estágio em garrafa.
Apenas 1850 garrafas produzidas.Estará no mercado este ano a um preço médio de 30 euros. Ainda se encontra o 2000 à venda.
A cor é rubi muito escura, quase preta, muito concentrada e impressionante.
Os aromas deste vinho são intensos, complexos, e acima de tudo convidativos, com um primeiro perfil químico, lembrando notas envernizadas, tendo também um bom perfil frutado e floral, com menta, violeta e compotas de fruto preto. A madeira está perfeitamente integrada no vinho, com o chocolate preto, musgo seco e lembranças de móveis antigos a transmitirem uma classe enorme ao nariz.
Na boca, o corpo do vinho é denso, enche a boca com uma complexidade incrível, guloso, com uma acidez moderada, com uma estrutura enorme, austero, marcado não só pelos taninos bem presentes mas delicados, como pela fruta preta aliada a notas de folhas de tabaco, proporcionando um final de boca longo, longuíssimo, algo especiado e com grande elegância.
Grande, grande vinho num ano mau para muitos.
Interessante o que se conseguiu fazer com a colheita de 2002.
Nota 18
Nada melhor que terminar a prova a relembrar o convite que os irmãos Reynolds nos deixam no contra-rótulo da garrafa... "Experimente a herança do Douro"
Este vinho fez-me pensar enquanto o provei, pois os uvas que deram origem a este vinho foram exclusivamente seleccionadas de vinhas velhas, ( enxertadas em 1945-1946), portanto um ano após a Segunda Grande Guerra.
Como estaria o mundo naquela altura?
Como seria o Douro Vinhateiro em 1946?
Não sabemos, mas pelo menos podemos tentar absorver algo com o prazer de degustar este vinho, talvez ele nos transmita algo daquela época, do terroir...
É então um vinho fermentado em lagar e sem leveduras comerciais, com maior predominância na casta Tinta Roriz, passou em Fevereiro de 2003 para barricas "Allier" onde permaneceu 12 meses, seguido de mais 12 meses de estágio em garrafa.
Apenas 1850 garrafas produzidas.Estará no mercado este ano a um preço médio de 30 euros. Ainda se encontra o 2000 à venda.
A cor é rubi muito escura, quase preta, muito concentrada e impressionante.
Os aromas deste vinho são intensos, complexos, e acima de tudo convidativos, com um primeiro perfil químico, lembrando notas envernizadas, tendo também um bom perfil frutado e floral, com menta, violeta e compotas de fruto preto. A madeira está perfeitamente integrada no vinho, com o chocolate preto, musgo seco e lembranças de móveis antigos a transmitirem uma classe enorme ao nariz.
Na boca, o corpo do vinho é denso, enche a boca com uma complexidade incrível, guloso, com uma acidez moderada, com uma estrutura enorme, austero, marcado não só pelos taninos bem presentes mas delicados, como pela fruta preta aliada a notas de folhas de tabaco, proporcionando um final de boca longo, longuíssimo, algo especiado e com grande elegância.
Grande, grande vinho num ano mau para muitos.
Interessante o que se conseguiu fazer com a colheita de 2002.
Nota 18
Nada melhor que terminar a prova a relembrar o convite que os irmãos Reynolds nos deixam no contra-rótulo da garrafa... "Experimente a herança do Douro"
Hey Paulo,
ResponderEliminarO teu homónimo Paul (yes, Reynolds) não é bem o autor do vinho. Paul é irmão do Raymond Reynolds que trabalhou vários anos em Portugal, ligado a diversas casa de Vinho do Porto (entre as quais Taylor e Quinta de la Rosa). Há alguns anos a família (esposa e kids) quiseram voltar ao UK, onde o Raymond criou a Raymond Reynolds Wines, empresa que importa vários vinhos PT.
No entanto, o bichinho do Douro e de fazer vinho não largou o Raymond, acabando por comprar a Quinta de Macedos com o seu irmão Paul, que é quem hoje (depois de ter largado a alta finaça em Hong Kong) vive em Portugal.
São primos dos Reynolds do Mouchão.
saludos
joão
Obrigado João!
ResponderEliminarAprecio sempre as tuas informações :)
Abraço
Na Sexta feira passada bebi o "Lagar 2000". estava um espanto...
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