segunda-feira, novembro 13, 2006

Dueto

Outubro e Novembro, 2 meses de grandes revelações da Revista de Vinhos.
Ora se em Outubro o Painel de Prova tinha sido foi excepcional, em Novembro a sinfonia repetiu-se…

Ai Alentejo vs Douro… Não há duelos…
Há sim um dueto, que toca a um nível de qualidade extrema, que nos trás ao copo uma harmonia e elegância inimitável, pelo menos, em Portugal.
Os resultados destes 2 painéis foram relativamente semelhantes, embora com uma ligeira superioridade no Douro, onde 3 vinhos foram premiados com 18,5 valores, 7 vinhos com 18 valores, e 15 vinhos com 17,5 valores, ao passo que no Alentejo apenas 2 vinhos tiveram 18,5 valores, 4 vinhos com 18 valores, e 2 vinhos com 17,5 valores.


Alentejo
18,5 Valores
Esporão Private Selection 2003
Herdade dos Grous Reserva 2004
18 Valores
Herdade do Perdigão Reserva 2004
Marquês de Borba Reserva 2003
Quinta do Carmo Reserva 2003
Quinta do Mouro 2003


Douro
18,5 Valores

Abandonado 2004
Batuta 2004
Pintas 2004
18 Valores
CV 2004
La Rosa Res. 2004
Quinta das Tecedeiras Reserva 2004
Quinta de Macedos 2003
Quinta do Crasto Vinha da Ponte 2004
Quinta do Infantado Reserva 2003
Quinta do Vale Meão 2004

De notar, no entanto que no painel de vinhos provados, faltam ainda alguns nomes de relevo quer alentejanos quer durienses, que certamente entrariam nos primeiros lugares, casos como o Barca Velha 1999 Charme 2004 que obteve 19 valores o mês passado( sim 19!!!), o Cortes de Cima Reserva 2003 com, o Grou 2004, o Altas Quintas Reserva 2004... entre outros.

Os parabéns aos nossos topos de gama!

6 comentários:

  1. Pois é, são mesmo topos de gama. Com os preços apresentados, quem é que os pode comprar? Parece que são vinhos feitos só para alguns felizardos que têm acesso a eles por outros meios que não o mercado normal.

    ResponderEliminar
  2. Pois é, são mesmo topos de gama. Com os preços apresentados, quem é que os pode comprar? Parecem vinhos destinados à exportação ou apenas a bolsas muito abastadas, ou alguns felizardos que tenham acesso a eles por outros meios que não o mercado normal. Por isso é que se têm que ir provando de vez em quando nos encontros com o vinho...

    ResponderEliminar
  3. Concordo que para os tempos de hoje, alguns vinhos se podem tornar caros.

    Mas temos que encarar estes "topos de gama" como um objecto de luxo e de prazer, não são vinhos para beber no dia a dia. Nem uma vez por semana!

    Agora podemos tentar comprar um vinho destes para uma ocasião especial e disfrutá-lo em casa, por troca dum jantar num qualquer restaurante em que se bebe vinhos a preços astronómicos e em condições deploráveis.

    Faz-me muito mais confusão o preço dos vinhos nos restaurantes do que o preço do vinho nas garrafeiras.

    Quanto ao acesso ao vinho por outros meios, desconheço. Eu procuro sempre a melhor opção e tenho descoberto vinhos a preços muito simpáticos, e já com iva.

    Batuta - 60 euros
    Herdade dos Grous Reserva - 26,20

    ResponderEliminar
  4. É verdade o que diz, também em relação aos preços nos restaurantes, mas a verdade é que quem estiver ligado ao mundo do vinho, ou a qualquer outro ramo de comércio ou indústria certamente tem muito mais facilidade em aceder a estes vinhos, porque se calhar até recebem umas ofertas de vez em quando. O mesmo para os jornalistas da especialidade, ou quem pertencer a paineis de prova. Já no caso dos clubes de vinhos, por exemplo, eu não aderi a nenhum porque quando aparecem estas raridades são sempre em caixas de 3 ou 6, o que implica um investimento avultado. Ainda se se pudesse comprar só uma de vez em quando... A não ser que se tenha um grupo de pessoas com quem partilhar a despesa, também se torna caro. E no fim corre-se sempre o risco de o vinho não corresponder a tão grande expectativa gerada pelo seu preço.

    ResponderEliminar
  5. Sem dúvida que estes vinhos representam o que de melhor se produz em Portugal. Agora quantas (unidades) produzem os seus produtores?! De certeza que não vivem da venda dos mesmos, mal de qualquer um deles que não produza os chamados vinhos do dia a dia. "Os Ferraris são bons para passear ao domingo, mas são precisos bons utilitários para o dia a dia".

    ResponderEliminar
  6. Concordo consigo.
    Quase todos estes produtores têm um ou mais vinhos de combate.
    E se calhar estes é que lhes trazem capacidade financeira para poder investir em boas barricas, cuidados pormenorizados na vinha, melhores materiais, melhores controlos, etc.

    Quanto aos preços para nós, todos sabemos que são impraticáveis para o dia a dia. Mas este também não são vinhos para serem banalizados no consumo diário.
    É como um carro, é bom andar a "fazer rally" de vez em quando.

    Desejo a todos, incluíndo-me a mim também, que tenham possibilidade de beber pelo menos uma vez algum deste vinhos.

    Digo beber, porque provar não chega. Estes são vinhos para serem acompanhados durante longas horas, durante uma bela refeição, ou mesmo entre amigos.

    PS - Ainda este ano publicarei a nota de prova do Batuta 2004. Falta-me só coragem para a abrir.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.