Vindo da freguesia de Castedo do Douro, o próximo Vinho da Casa é um vinho que deve o seu nome a uma planta que existe na vinha de onde as uvas provieram. A planta é a Aneto, da família das Umbelíferas, aromática e medicinal é considerada erva mágica, sendo mesmo usada para fazer a poção do amor.
Para os fundamentalistas do Terroir, quem nos garantirá que este vinho após o 2º ou 3º gole, não nos trará a paixão à flor da pele, ou mesmo coragem para nos declararmos a aquela pessoa que sempre andámos atrás. No meu caso, a minha estava bem perto, portanto foi difícil distinguir se foram os efeitos do Aneto, se a "normal" paixão que sinto... Bem deixemo-nos de historinhas...
O vinho tem um estágio de 12 meses em carvalho francês, após fermentação em lagares de granito.
Com as castas durienses, Touriga Franca (40%), Tinta Roriz(30%), Touriga Nacional (20%) e Tinto Cão(10%), apresenta 14%vol e uma bonita cor, de boa concentração, quase opaco e com ligeiros toques de púrpura no bordo do copo.
Após decantação, o aroma é cativante, envolvente, com um primeiro impacto químico, floral, madeira encerada,alguns arbustos,urze e rosmaninho. A madeira está presente, mas não em primeiro plano, notando-se ligeiras notas de baunilha.
Aparecem também aqui notas de frutos silvestres, mirtilios, amoras pretas,lembrando aquelas bagas acabadinhas de arrancar da planta, ainda com aquela ligeira camada de pó.
Na boca, o vinho entra com um perfil austero, com grande volume de boca, pedindo-nos pra que o mastiguemos, bem educado, acetinado, com taninos finos e com a acidez bem presente, trazendo uma frescura balsâmica ao vinho. As notas de tabaco, chocolate e o carácter especiado, permitem ao vinho, terminar com um final elegante e de grande comprimento.
Nota 17,5
Um excelente exemplo do Douro de 2003, sem grande excessos de fruta, apesar de ter 14%, é um vinho extremamente elegante e fino.
Aconselha-se a decantação prévia, para deixar o vinho abrir.
Copiaste bem a etiqueta pá!
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