Jean-Hugues Gros, enólogo francês, que durante muitos anos deu apoio enológico a várias marcas de vinhos do Douro. Em 2004, decidiu arrancar com um projecto seu, trabalhando as vinhas do Vale do Távora, e lançando para o mercado a marca Odisseia. Conseguiu encher 8.000 garrafas nesse ano, mas foi na casta Touriga Nacional que Jean-Hugues se fixou e fez um mono-varietal de grande nível, um extreme que deu apenas para encher 2.000 garrrafas.
A Touriga Nacional foi feita em tradicionais lagares de granito, onde depois passou para o Carvalho Francês, sendo apenas 40% de barricas novas.
Com 14%Vol. o vinho mostra uma coloração rubi muito densa, quase opaca e com grande concentração.
No nariz, o aroma é impressionante, austero e muito firme, com muitas notas florais típicas da TN, violetas, um ligeiro toque químico e uma clara presença de erva seca e de vegetação duriense, lembrando uma tarde quente de início de verão. Cheio de complexidade, o rosmaninho e a esteva misturam-se com a fruta de compota, toques ligeiros da barrica, com uma tosta ligeira e notas de chocolate, tudo muito extraído e muito vivo.
Na boca, o nome Odisseia começa-se a entender, tudo aqui é bruto, tudo é violento, um vinho pastoso, de grande concentração, estilo after-eight, com uma acidez moderada que lhe garante o suporte para tal arcaboiço, tornando-o num vinho fresco, ainda que carnudo. Os taninos são de grande qualidade, ainda que ligeiramente secos, mostrando que precisa ainda de calma para ser bebido. A madeira está muito bem integrada, com café e tabaco seco, com um final muito compotado, de grande comprimento e cheio de complexidade. A harmonia de conjunto consegue fazer com que um vinho bruto se torne elegante e atraente.
Bebê-lo é uma autêntica Odisseia, pois a força e a super-concentração que apresenta não é para qualquer um. Força bruta elegante, assim o gostei de definir. Um belo exemplar da Touriga Nacional a beber já para quem for aventureiro. A um preço excelente. Belo vinho. Se os gregos soubessem o que por cá se faz...
Nota 18
Preço 22 euros
Produção 2.000 garrafas
A Touriga Nacional foi feita em tradicionais lagares de granito, onde depois passou para o Carvalho Francês, sendo apenas 40% de barricas novas.
Com 14%Vol. o vinho mostra uma coloração rubi muito densa, quase opaca e com grande concentração.
No nariz, o aroma é impressionante, austero e muito firme, com muitas notas florais típicas da TN, violetas, um ligeiro toque químico e uma clara presença de erva seca e de vegetação duriense, lembrando uma tarde quente de início de verão. Cheio de complexidade, o rosmaninho e a esteva misturam-se com a fruta de compota, toques ligeiros da barrica, com uma tosta ligeira e notas de chocolate, tudo muito extraído e muito vivo.
Na boca, o nome Odisseia começa-se a entender, tudo aqui é bruto, tudo é violento, um vinho pastoso, de grande concentração, estilo after-eight, com uma acidez moderada que lhe garante o suporte para tal arcaboiço, tornando-o num vinho fresco, ainda que carnudo. Os taninos são de grande qualidade, ainda que ligeiramente secos, mostrando que precisa ainda de calma para ser bebido. A madeira está muito bem integrada, com café e tabaco seco, com um final muito compotado, de grande comprimento e cheio de complexidade. A harmonia de conjunto consegue fazer com que um vinho bruto se torne elegante e atraente.
Bebê-lo é uma autêntica Odisseia, pois a força e a super-concentração que apresenta não é para qualquer um. Força bruta elegante, assim o gostei de definir. Um belo exemplar da Touriga Nacional a beber já para quem for aventureiro. A um preço excelente. Belo vinho. Se os gregos soubessem o que por cá se faz...
Nota 18
Preço 22 euros
Produção 2.000 garrafas
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