Não, não é nenhuma reserva natural de Gambozinos no Douro...
Este nome peculiar é uma marca de vinhos de um pequeno produtor no Douro, de seu nome Paterno Dias, que tem uma quinta com vinhas velhas no Vale do Rio Torto que tem a seu cargo o énologo Jean Hugues Gros.
Este tinto, reserva de 2004 vem loteado com uma grande variedade de castas, não estivessemos nós a falar de vinhas velhas, onde predominam a Touriga Nacional e a Tinta Roriz. Após a fermentação clássica em lagares, apenas 20% do lote estagia em barricas de carvalho francês, ficando o resto a estagiar em inox.
Além da minha prova, vejam também esta do Saca-A-Rolha
Com 14%Vol. e com grande concentração na cor, bem rubi e retinto.
No nariz, o vinho tem uma entrada muito fresca, irrequieto, transportando-nos logo para um dia primaveril no Vale do Douro, com muitas e muitas notas violetas, muita vegetação fresca, esteva, rosmaninho, ligeiras notas de tinta da china e um fundo balsâmico que ainda ajuda mais a alegrar o conjunto. Nesta frescura imensa, a fruta também dá de si, com as bagas silvestres a predominarem. Bem equilibrado o nariz, apesar do nervo que ainda apresenta. Por vezes dá ideia de se sentir os aromas do engaço. O pequeno estágio em madeira não se quer mostrar, mas talvez tenha sido ponto influente para esta afinação aromática.
Na boca, muito extraído e de acidez elevada, com um bom volume de boca, muito concentrado, quase pastoso, a fruta fresca é predominante, com os taninos bem presentes mas não desconcertantes. Está ainda um pouco novo o vinho, e tem alicerces para dormir mais um pouco, até os taninos arredondarem um pouco mais. O final de boca é afinado, fresco e anisado mas com uma duração e complexidade que poderiam ser um pouco maiores.
É um tinto muito carregado, cheio de garra, um pouco monocórdico e a precisar de acalmar ainda um pouco. No entanto, para o preço está muito bem. Uma boa opção para pratos pesados.
Nota 16
Preço 10 euros
Produção 9800 garrafas
Este nome peculiar é uma marca de vinhos de um pequeno produtor no Douro, de seu nome Paterno Dias, que tem uma quinta com vinhas velhas no Vale do Rio Torto que tem a seu cargo o énologo Jean Hugues Gros.
Este tinto, reserva de 2004 vem loteado com uma grande variedade de castas, não estivessemos nós a falar de vinhas velhas, onde predominam a Touriga Nacional e a Tinta Roriz. Após a fermentação clássica em lagares, apenas 20% do lote estagia em barricas de carvalho francês, ficando o resto a estagiar em inox.
Além da minha prova, vejam também esta do Saca-A-Rolha
Com 14%Vol. e com grande concentração na cor, bem rubi e retinto.
No nariz, o vinho tem uma entrada muito fresca, irrequieto, transportando-nos logo para um dia primaveril no Vale do Douro, com muitas e muitas notas violetas, muita vegetação fresca, esteva, rosmaninho, ligeiras notas de tinta da china e um fundo balsâmico que ainda ajuda mais a alegrar o conjunto. Nesta frescura imensa, a fruta também dá de si, com as bagas silvestres a predominarem. Bem equilibrado o nariz, apesar do nervo que ainda apresenta. Por vezes dá ideia de se sentir os aromas do engaço. O pequeno estágio em madeira não se quer mostrar, mas talvez tenha sido ponto influente para esta afinação aromática.
Na boca, muito extraído e de acidez elevada, com um bom volume de boca, muito concentrado, quase pastoso, a fruta fresca é predominante, com os taninos bem presentes mas não desconcertantes. Está ainda um pouco novo o vinho, e tem alicerces para dormir mais um pouco, até os taninos arredondarem um pouco mais. O final de boca é afinado, fresco e anisado mas com uma duração e complexidade que poderiam ser um pouco maiores.
É um tinto muito carregado, cheio de garra, um pouco monocórdico e a precisar de acalmar ainda um pouco. No entanto, para o preço está muito bem. Uma boa opção para pratos pesados.
Nota 16
Preço 10 euros
Produção 9800 garrafas
Caro Paulo depois de preguntar ao Nuno a proveniência do vinho verifico aqui que é do rio torto. Ainda fico pior, porque é muito perto de mim. Não há dúvida que estamos cada vez mais isolados. Já não chega os centros de saúde os combios, agora até para se comprar vinho do douro é necessário ir ao Porto.
ResponderEliminarÉ bem verdade amigo AJS...
ResponderEliminarMas o pior é que quando temos que ir lá fora comprar vinho português, e a preços mais baratos...
Por exemplo, o Redoma Reserva 2003 vi-o em Barcelona a uns módicos 20 e tais euros... O Pintas 2002 e o 2004, o Poeira 2002 e 2004... O Vinha do Fojo 1998!!!
Um abraço,
Quando vier ao Porto com tempo, não hesite em ligar-me para combinarmos algo.
Caro Paulo:
ResponderEliminarGostaria se possível que me indicasse mais informações sobre este vinho, quinta de produção (localização excta), pois corri tudo aqui no Porto e não encontrei referências...
Este vinho foi-me pedido por um amigo espanhol, cozinheiro num dos grandes restaurantes Madrid "Restaurante Prada a tope".
Cumprimentos
Rui Alvo Bacelar
Caro Rui
ResponderEliminarPode encontrar essa informação no blogue do saca-a-rolha.blogspot.com
Eu escrevi o contacto do produtor.
Melhores cumprimentos
Pedro Tamagnini
Quinta dos Avidagos
Caro Rui Bacelar:
ResponderEliminarAlém das castas indicadas pelo Paulo, posso garantir-lhe que a quinta fica perto de são João da Pesqueira, mais precisamente em Castanheiro do Sul.
Aconselho também a provarem o Touriga 2004, eu prefiro, mas a produção é a volta de 3000/4000
Julgo que na cidade do Porto pode encontar a venda na loja Trago, na Av Boavista.
Já Agora em Aveiro na Loja do Chá ( Parece bricadeira mas não é :-) )
Se pretende contacto directo com o produtor, julgo que vem nos livros de vinhos quer do JA quer do JPR.
Atentamente,
Rolando Alves
Obrigado pelas informações.
ResponderEliminarAcrescento também que o e-mail do produtor é o paternodias@iol.pt
Um abraço