Longe vão os tempos em que se dizia: a Touriga Nacional é Portuguesa, o Chardonnay é francês, o Semillon é Bordalês... Pois bem, o enólogo Francisco Montenegro, optou por alargar a gama Aneto, criando agora um Late Harvest, feito exclusivamente com Semillon apenas vindimado em Novembro. Com este tempo tardio de vindima, as uvas estavam botrytizadas, ou seja, atacadas pelo fungo Botrytis Cinerea. Após a vindima, optou-se por estagiar o vinho durante 18 meses em barricas novas de Carvalho Francês. O resultado mostrou-se em garrafas de 0,375l com um rótulo ao estilo Sauternes.
Com 12,5%Vol apresenta uma bela cor dourada com laivos alaranjados de média concentração.
No nariz, cheio de expressão e de vontade de impressionar, os primeiros aromas que se mostram fazem-nos lembrar uma tarde chuvosa de outono, com terra molhada e húmus. Os aromas típicos dos LH aparecem em grande evidência, com laranja cristalizada, leite creme queimado, fumo, baunilha e uma clara envolvência de baunilha. A madeira está ainda um pouco por cima do vinho, que apenas nos diz que precisa de um pouco mais de tempo para casar. Ainda assim temos um nariz complexo, exuberante e muito profundo nas notas aromáticas.
Na boca, talvez pensando um pouco no Grandjó ( até à data o único exemplar no Douro estilo Sauternes), dá a sensação de ser mais fresco, menos encorpado, mas sobretudo com uma acidez fantástica. Este Aneto é uma autêntica flecha ao coração para quem gosta de vinhos frescos. Algum fumo, muita fruta branca, onde o vinho nos oferece um final longo, sem pesar, com uma doçura bem presente que se vai evaporando e deixando um toque glicerinado e abaunilhado.
Um grande vinho, talvez não ao nível dos grandes LH, mas na minha opinião é o melhor Português que provei até hoje. Fresco, incisivo e muito muito longo na boca. A precisar ainda de integração madeira/vinho. Bem sabemos que naquela região quem manda é o Porto, mas com apenas 12,5%Vol este Aneto marca pontos.
Nota 17,5
Preço 15 euros
Com 12,5%Vol apresenta uma bela cor dourada com laivos alaranjados de média concentração.
No nariz, cheio de expressão e de vontade de impressionar, os primeiros aromas que se mostram fazem-nos lembrar uma tarde chuvosa de outono, com terra molhada e húmus. Os aromas típicos dos LH aparecem em grande evidência, com laranja cristalizada, leite creme queimado, fumo, baunilha e uma clara envolvência de baunilha. A madeira está ainda um pouco por cima do vinho, que apenas nos diz que precisa de um pouco mais de tempo para casar. Ainda assim temos um nariz complexo, exuberante e muito profundo nas notas aromáticas.
Na boca, talvez pensando um pouco no Grandjó ( até à data o único exemplar no Douro estilo Sauternes), dá a sensação de ser mais fresco, menos encorpado, mas sobretudo com uma acidez fantástica. Este Aneto é uma autêntica flecha ao coração para quem gosta de vinhos frescos. Algum fumo, muita fruta branca, onde o vinho nos oferece um final longo, sem pesar, com uma doçura bem presente que se vai evaporando e deixando um toque glicerinado e abaunilhado.
Um grande vinho, talvez não ao nível dos grandes LH, mas na minha opinião é o melhor Português que provei até hoje. Fresco, incisivo e muito muito longo na boca. A precisar ainda de integração madeira/vinho. Bem sabemos que naquela região quem manda é o Porto, mas com apenas 12,5%Vol este Aneto marca pontos.
Nota 17,5
Preço 15 euros
Estou curioso em relação a este Colheita Tardia...
ResponderEliminarCaríssimo
ResponderEliminarParabéns pelo blog e, quanto a esta colheita tardia, é muito aconselhável e muito bem aceite.
Cumprimentos
A. Costa