As primeiras referências conhecidas referindo a Quinta do Crasto datam de 1615, tendo sido posteriormente incluída na primeira Feitoria juntamente com as Quintas mais importantes do Douro. Um Marco Pombalino datado de 1758 pode ser visto na Quinta.
O Douro Boy Miguel Roquette ofereceu-nos talvez o momento mais hilariante e cómico do dia quando pediu desculpa ao Hotel por ter urinado na cascata de água que havia na casa-de-banho dos homens ( pelos vistos na das senhoras também havia...). Eu, tal como muita gente presente, não me contive e "parti-me"a rir, virando-me depois para o Luís Antunes da Revista dos Vinhos dizendo-lhe, "Nós fizémos o mesmo!!" Lembro-me que na altura até aplaudimos o facto de ser um urinol bastante limpo!
Bem, falemos de vinhos, e que vinhos!
Quinta do Crasto Reserva ( old vines) 2005
Este vinho, muito apreciado por todos os enófilos, é feito de vinhas com mais de 60 anos, onde se contam cerca de 30 castas misturadas. Estagiou em barricas de carvalho americano e francês durante 20 meses até ao engarrafamento em Abril de 2007. Com um aroma inicialmente mineral, cheio de fruto preto, denso e floral. Austero e até algo tímido no aroma, longe de se querer mostrar logo à primeira, nota-se um vinho complexo com a madeira bem integrada no aroma, com especiarias e algum fumado. Na boca, generoso e com vivacidade, os taninos são finos mas ainda com algumas arestas por limar. Forte dose de fruto fresco e notas de baunilha, o final é longo e perfumado. São 85.000 garrafas a bom preço, cerca de 15 euros lá fora!
Nota 17
Quinta do Crasto Touriga Nacional 2005
Apenas engarrafado nos anos em que se atinge um alto nível de qualidade, este vinho é feito com 100% de uvas da casta Touriga Nacional. Estas vinhas de Touriga têm apenas 20 anos. Pisado a pé e fermentado em lagares, o vinho estagia depois em barricas de carvalho francês durante 18 meses. Com um nariz muito apelativo e exuberante, embora não enjoativo, pois a Touriga mostra-se densa e bem madura. Perfumado de violetas, fruto preto refinado, amoras q.b. algum químico. A madeira mostra-se bem integrada, com um lado tostado e uns toques especiados. Explosivo no aroma, muito complexo e cheio de profundidade. Na boca é volumoso, sedutor e mastigável. Chocolate preto e notas de tabaco juntam-se ao conjunto complexo. Taninos finos e excelente acidez, num final longo, cheio de intensidade e claramente crescente. Uma das melhores Tourigas que provei. Excelente mesmo! 7.000 garrafas produzidas.
Nota 18
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2005
Quem espera sempre alcança. Pela primeira vez tive oportunidade de me encontrar com este ícone da Quinta do Crasto ( agora falta-me a Vinha da Ponte). A Vinha Maria Teresa com cerca de 90 anos é uma das mais antigas da Quinta do Crasto.
Cheio de expressão, nota-se aqui talvez o terroir, com aromas de terra húmida, fumo, café fresco, fruto fresco, bálsamo e um perfil floral expressivo. Nariz ultra-complexo e a pedir tempo para se desembrulhar no copo. Fruta aqui, floral ali, toque mentolado acolá, tudo está aqui arrumado e a pedir a atenção do provador, tudo muito apoiado pelas excelentes notas tostadas da barrica. Com grande estrutura na boca, taninos ainda algo duros e com boa acidez, o vinho tem um comportamento fantástico na boca, conseguindo ser incisivo e cheio de carácter. Com muita fruta em compota e uma brisa floral fresca, oferece-nos um final lôngevo, sedoso e compridíssimo com boas notas de tabaco e fumo. A elegância e a classe aparecem no fim como que a dizer que assim que os taninos se arrumarem, terá um comportamento no palato de grande nível e muito fino. Um vinho a beber nos próximos anos e a precisar de muito tempo de cave para atingir o seu auge, certamente. Para primeira experiência, convenceu-me e de que maneira.
Nota 18,5
Este produtor apresentou 3 belíssimos vinhos, onde os dois últimos foram umas autênticas flechas ao coração. Um Touriga diferente de todos os outros, e nada enjoativo na exuberância e um Maria Teresa belo, com charme e classe suficiente para despertar qualquer enófilo.
O Douro Boy Miguel Roquette ofereceu-nos talvez o momento mais hilariante e cómico do dia quando pediu desculpa ao Hotel por ter urinado na cascata de água que havia na casa-de-banho dos homens ( pelos vistos na das senhoras também havia...). Eu, tal como muita gente presente, não me contive e "parti-me"a rir, virando-me depois para o Luís Antunes da Revista dos Vinhos dizendo-lhe, "Nós fizémos o mesmo!!" Lembro-me que na altura até aplaudimos o facto de ser um urinol bastante limpo!
Bem, falemos de vinhos, e que vinhos!
Quinta do Crasto Reserva ( old vines) 2005
Este vinho, muito apreciado por todos os enófilos, é feito de vinhas com mais de 60 anos, onde se contam cerca de 30 castas misturadas. Estagiou em barricas de carvalho americano e francês durante 20 meses até ao engarrafamento em Abril de 2007. Com um aroma inicialmente mineral, cheio de fruto preto, denso e floral. Austero e até algo tímido no aroma, longe de se querer mostrar logo à primeira, nota-se um vinho complexo com a madeira bem integrada no aroma, com especiarias e algum fumado. Na boca, generoso e com vivacidade, os taninos são finos mas ainda com algumas arestas por limar. Forte dose de fruto fresco e notas de baunilha, o final é longo e perfumado. São 85.000 garrafas a bom preço, cerca de 15 euros lá fora!
Nota 17
Quinta do Crasto Touriga Nacional 2005
Apenas engarrafado nos anos em que se atinge um alto nível de qualidade, este vinho é feito com 100% de uvas da casta Touriga Nacional. Estas vinhas de Touriga têm apenas 20 anos. Pisado a pé e fermentado em lagares, o vinho estagia depois em barricas de carvalho francês durante 18 meses. Com um nariz muito apelativo e exuberante, embora não enjoativo, pois a Touriga mostra-se densa e bem madura. Perfumado de violetas, fruto preto refinado, amoras q.b. algum químico. A madeira mostra-se bem integrada, com um lado tostado e uns toques especiados. Explosivo no aroma, muito complexo e cheio de profundidade. Na boca é volumoso, sedutor e mastigável. Chocolate preto e notas de tabaco juntam-se ao conjunto complexo. Taninos finos e excelente acidez, num final longo, cheio de intensidade e claramente crescente. Uma das melhores Tourigas que provei. Excelente mesmo! 7.000 garrafas produzidas.
Nota 18
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2005
Quem espera sempre alcança. Pela primeira vez tive oportunidade de me encontrar com este ícone da Quinta do Crasto ( agora falta-me a Vinha da Ponte). A Vinha Maria Teresa com cerca de 90 anos é uma das mais antigas da Quinta do Crasto.
Cheio de expressão, nota-se aqui talvez o terroir, com aromas de terra húmida, fumo, café fresco, fruto fresco, bálsamo e um perfil floral expressivo. Nariz ultra-complexo e a pedir tempo para se desembrulhar no copo. Fruta aqui, floral ali, toque mentolado acolá, tudo está aqui arrumado e a pedir a atenção do provador, tudo muito apoiado pelas excelentes notas tostadas da barrica. Com grande estrutura na boca, taninos ainda algo duros e com boa acidez, o vinho tem um comportamento fantástico na boca, conseguindo ser incisivo e cheio de carácter. Com muita fruta em compota e uma brisa floral fresca, oferece-nos um final lôngevo, sedoso e compridíssimo com boas notas de tabaco e fumo. A elegância e a classe aparecem no fim como que a dizer que assim que os taninos se arrumarem, terá um comportamento no palato de grande nível e muito fino. Um vinho a beber nos próximos anos e a precisar de muito tempo de cave para atingir o seu auge, certamente. Para primeira experiência, convenceu-me e de que maneira.
Nota 18,5
Este produtor apresentou 3 belíssimos vinhos, onde os dois últimos foram umas autênticas flechas ao coração. Um Touriga diferente de todos os outros, e nada enjoativo na exuberância e um Maria Teresa belo, com charme e classe suficiente para despertar qualquer enófilo.
É sem dúvida o meu Produtor preferido do Douro!
ResponderEliminarE pelo que li, as colheitas 2005, que ainda não provei, estão no seu melhor...
Abraço!